A arte mecanizada
A arte mecanizada
Toda a poesia será
castigada?
Perguntou o poeta ao
suicida!
***
Oh cidade
claustrofóbica!
Por quê?
Mil vezes por quê?
Deixaste-me aqui sozinho, para
morrer?
***
Oh palavras disléxicas que se
repetem!
E se repetem, sem
fim!
Sem parar...
Na minha mente
***
Sonho mecanizado!
Do mundo diluído nas telas das
TV’s!
Cidade cinzenta!
Deserto árido!
Um mundo em concreto
armado!
Habitados de mentes
vazias...
Vidas estéreis
Vidas áridas
***
Um sonho
mecanizado...
Em Meca-nografia
digital!
Textos tabulados!
Dados tabulados, em um mundo
binário!
Interligados por um oceano de fibra
óptica.
Um emaranhado de filamentos
extremamente finos
Flexíveis...
Vidros ultrapuro!
***
Toda a arte será
castigada?
Mecanizada!
Digitalizada!
Multiplicada!
Diluídas nas telas das TV’s?
Imagens e High-Definition
***
Pois toda a arte será
castigada!
Massificada!
Industrializada!
Vulgarizada!
Em um sonho
mecanizado
Uma arte vazia!
Cinzenta!
Planificada!
***
Pois toda a arte será
mecanizada!
Toda a arte será
massificada!
Mundializada
Plastificada
E diluída nas ondas dos
rádios!
Digitalizada e compartilhadas
via
Telas de computadores
Computadores
Miniaturizados
Vulgarizados
***
Toda a poesia será
castigada?
Perguntou o poeta ao
suicida!
Samuel da Costa
Comentários
Postar um comentário