Aflição



Tumbas da mórbida aflição conduzem o errante noturno a caminhar nestas pequenas ruas sem direção. Ecos entre os túmulos: uma recorrente agonia  em decomposição. Resquícios de um momento fragmentado, sem retorno. Estou sem rumo, assim como os mortos enclausurados em seus minifúndios. Flagelos da noite atormentam o meu sossego. Encontro-me sem expressão facial e sem discursos significativos. Estou “contente” em proferir o nada. O vazio infindo e tragicamente cotidiano. Estou sem enredos e pontes que possam permitir a travessia dessa agonia; desse “efêmero” momento dilacerante. (Fábio Aguiar-Estilho)

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