O que eu falei na Tarde Cor de Rosa

Algumas pessoas me cumprimentaram pela iniciativa e ousadia de homenagear as voluntárias da RFCC, pela poesia, da qual fiquei sem cópia, e pela manifestação diante da platéia, a qual publico:

"Boa tarde a todas e a todos, embora hoje o "todos" seja minoria, o que prova que realmente as mulheres estão dominando, se destacando e se envolvendo mais.

Vocês podem estar se questionando que não pagaram R$ 20,00 para vir aqui ouvir o Pedro Skiba. Nem eu quero tomar muito o tempo de vocês. O que não posso é me omitir numa oportunidade como esta, em que tão selecionada platéia de mulheres participativas e solidárias se reúne para uma das causas mais justas e uma luta das mais nobres que se faz em São Bento do Sul. Aquelas que não quiserem me ouvir - sei que muitas ainda teimosamente fumam - podem dar uma saidinha e contaminar um pouco mais seus pulmões.

Vocês irão perguntar novamente: "Mas o que ele está fazendo aqui?". Simples a resposta. Primeiro para agradecer por existirem mulheres como estas vinte e duas voluntárias que valem por uma população de mais de 70 mil habitantes. Estão avaliando a importância? Segundo: para convidar vocês que ainda não se envolveram nesta causa de maneira efetiva, pois não basta por a mão na bolsa e apenas pagar. Esta é a parte mais fácil. O difícil é se envolver, participar, ser solidária, doar-se, deixar um poco de lado as vaidades e entregar-se a uma causa nobre como é a de levar um pouco de conforto àqueles que mais precisam. As ajudas materiais e financeiras são importantes, pois o mundo é movido a dinheiro. Mas, a solidariedade, o apoio, a palavra amiga, o ombro e a assistência - e não o assistencialismo - são fatores que podem curar. Quando não curam, minimizam, aliviam, dão esperanças, prolongam.

Portanto, nesta tarde em que as 22 reuniram seiscentos, vocês podem medir a força do voluntariado, a vontade de fazer, a importância de participar. Espero que esta tarde sirva também para multiplicar o número deste anjos cor de rosa que não medem esforços para levar uma ajuda, uma palavra aos portadores de Câncer. Sempre fui um defensor e apaixonado pela causa da RFCC, tanto é que muitas aqui devem lembrar que fui provocador e organizador da primeira reunião para fundar a Rede em São Bento do Sul, pois acreditava - como continuo acreditando - na força do voluntariado e que nenhuma de vocês é melhor do que todas juntas.

Convido agora as voluntárias para que subam, ao palco e recebam uma singela mas significativa homenagem, simbolizada por uma rosa e apenas uma palavra. Lembrem-se do que diz Miguel Chalita:

"Está se sentindo vazia: Preencha esse espaço com solidariedade. Saia deste buraco. Há muita gente precisando de você.