Importações de veículos superam exportações

As importações de veículos pelo mercado brasileiro em 2009 superaram as exportações em unidades pela primeira vez desde 1995, informou nesta quinta-feira a associação que representa as montadoras no país, Anfavea. O déficit do comércio externo foi de 13,6 mil unidades em 2009. Em 1995, o volume importado havia superado as vendas externas em 103 mil unidades. O Brasil importou 488,87 mil veículos em 2009, um aumento de 30,3 por cento sobre 2008, e a participação desses veículos no total de vendas passou de 13,3 para 15,6 por cento. Para o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, a participação das importações nas vendas internas ficará entre 15,5 e 16 por cento em 2010. Segundo ele, as condições de recuperação da economia brasileira a partir de meados de 2009 vão se firmar em 2010, o que ajuda a estimular as compras de produtos fabricados em outros países pelos consumidores. "Se permanecer nesse percentual, e recuperarmos exportações, é possível conviver com isso (o aumento das importações)", disse Schneider a jornalistas. A indústria encerrou o ano passado com vendas internas de 3,14 milhões de veículos, um crescimento de 11,4 por cento sobre 2008 e recorde do setor. As exportações de veículos somaram 475,28 mil unidades em 2009, um tombo de 35,3 por cento ante 2008. Esse volume é o mais baixo desde 2002, quando foram enviadas ao exterior 424 mil unidades, segundo a Anfavea. Em valores, as exportações brasileiras no ano passado foram as menores desde 2003. As vendas externas da indústria nacional corresponderam a 8,29 bilhões de dólares. Em 2003, tinham sido de 5,64 bilhões de dólares, enquanto em 2008 somaram 13,93 bilhões de dólares. Entre os fatores apontados pelo setor para a queda nas vendas externas está a valorização do real contra o dólar, que também ajuda as importações, e a fraca demanda nos mercados consumidores do Brasil, por conta da crise internacional. Do volume total importado de janeiro a novembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) citados pela Anfavea, 58 por cento veio da Argentina, um total de 244,11 mil unidades. A Coréia do Sul aparece em segundo, superando de forma consistente o México pela primeira vez, com participação de 19 por cento das importações. O México ficou com fatia de 11,2 por cento, e a União Europeia surge em seguida com 5,6 por cento. Em 2008, a participação da Argentina era de 57 por cento. A Coréia tinha 14,6 por cento; o México, 14,2 por cento; e a União Europeia, 6,7 por cento. Segundo o presidente da Anfavea, o setor retomou no final do ano passado conversas para um acordo automotivo com a União Europeia, mas ainda "é muito cedo" para dizer se haverá alguma acerto já em 2010. Estes dados demonstram que São Bento do Sul não vive a crise tão propalada por alguns derrotistas e profetas do apocalipse. O número de carros importados, e dos grandes, aqueles que ocupam duas vagas do estacionamento rotativo cresceu e continua crescendo a cada dia, basta observar o trânsito. Também aqueles que choram a desvalorização do dólar em relação ao real, são os que aproveitam o dólar barato para importar e continuar usufruindo das modernidades e do conforto dos produtos estrangeiros. Fica também provado que o presidente Lula tinha razão quando disse que a crise mundial por aqui era só uma marola. Foram os outros países que deixaram de importar enquanto os brasileiros se fartaram em gastar. É mais ou menos como aquela dupla sertaneja canta: Tá ruim, mas tá bom. O choro é livre, mas existem muitas lágrimas de crocodilo nesta história.

Vamos fazer uma boa tarde. Depende de nós.

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