O Vaticano não é aqui

Sei que estou mexendo num ninho de marimbondo, mas não posso me calar. Talvez o título seja um tanto chamativo, mas é este mesmo o objetivo. Tivemos ontem, 31 de março, um dos maiores atos religiosos católicos realizados em nosso município. Basta lembrar que segundo palavras do Bispo Dom Irineu Scherer, isto só repetirá daqui 43 anos. É mais ou menos como a passagem de um cometa. Qual foi a importância dada ao evento religioso? Basta lembrar que o Bispo saudou autoridades militares e civis presentes no evento. Ele deveria estar usando lupa ou sua visão como religioso é diferente da minha. Procurei, observei e não vi ninguém das áreas. Cabe aqui uma ressalva. Em plena Semana Santa, Campanha da Fraternidade, ou pecou por omissão a Diócese que deve ter seus assesssores, ou pecaram a direção da Igreja Matriz e todos nós como bons católicos. Aliás de minha parte ainda registrei no Evolução e li em a Gazeta matéria sobre o assunto. A realidade é que um evento do tamanho deste, como já escrevi, só daqui 43 anos novamente. Explico: A quinta-feira Santa é a data em que a Igreja Católica através de suas Dioceses, procede a cerimônia de renovação dos votos dos padres, aqui estiveram presentes 92, representando 44 paróquias que integram a Diocese com sede em Joinville. Também é a ocasião em que é feita a benção dos Santos Óleos, que serão usados durante todo o ano litúrgico. São os óleos para a unção dos dontes, do batismo (catecúmenos) e do crisma. Foi a segunda vez que a Diocese realizou esta cerimônia fora de sua sede. A primeira foi e Jaraguá do Sul no ano passado e agora em São Bento do Sul. O que faltou então para um brilho maior, uma demonstração de fé, um ecumenismo como a própria Campanha da Fraternidade prega? Me arrisco e ouso dizer. Dilvulgação. Valorização do ato. Faltaram os profetas para anunciar. Ou a Diocese substimou os meios de comunicação ou a Paróquia acreditou que apenas os avisos após as missas seriam suficientes. Acredito que além da fé, da religiosidade, da importância cristã, não se valorizou também o fato histórico, o momento que vivemos que poderia ter grande magnitude, despertar curiosidade, ganhar o respeito e a admiração até de leigos que nunca tiveram oportunidade de entender o significado de tão importante celebração. Quanto a ausência de políticos talvez até se deva considerar que fizeram um exame de consicência, e que embora o período Pascal seja do perdão e do arrependimento, optaram por não se misturar ao trigo. Muita gente ainda não entendeu a grandeza dos atos, a misericórdia, o perdão, o arrependimento, a importância da participação, do somar, do repartir, do participar. Perdemos além da oportunidae de revermos nossos atos, de repensarmos nossas atitudes um grande evento que poderia turisticamente dar maior divulgação para nossa cidade. Mas fica um conselho. Como o fato só se repetirá daqui 43 anos, eu sou um que quero ficar para testemunhar e não perder a próxima edição. Não podemos deixar de reconhecer no entanto o empenho do Pároco Padre Cleber e toda a equipe de leigos que trabalharam na ocasião. Feliz Páscoa e que nos próximos eventos contem sempre conosco, com nossa modesta colaboração através do nosso trabalho de divulgação.

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