Como medir o tamanho e o poder

Constantemente ouvimos dizer que a imprensa é o quarto poder, alguns até ousam dizer que é o terceiro. Como avaliar? Pela credibilidade, pelo conteúdo, pelo compromisso, pela isenção, pela independência ou pela opinião? Afinal o que é o poder? É aquele que detém por faculdade de Lei? É aquele para quem foram delegadas funções? É aquele em quem votamos e nomeamos nosso procurador? É aquele que não pediu nosso voto, não foi nomeado, não fez concurso, mas conquistou a confiança pela credibilidade, pela segurança que nos defende, pela veracidade com que nos passa as informações, pela isenção com que publica ou divulga não interessando se vai agradar ou não? Se a imprensa tem poder como medir também sua grandeza? Diariamente vemos, ouvimos, lemos : Segundo a grande imprensa. A grande imprensa afirmou. Foi notícia na grande imprensa. Afinal quem é o gigante e quem é o Golias? Fico impressionado com o comprometimento da dita grande imprensa e que nos é mostrado todos os dias. Jamais, do alto da minha pequenês me submeteria e nem permitiria algum funcionário meu ficar plantado no portão de um estádio para dizer que estamos ao lado da seleção brasileira. Ao lado de fora do portão, das grades de proteção, talvez fosse isso que o repórter queria dizer. Um absurdo o comprometimento com os patrocinadores a que se submete a chamada grande imprensa. Humilhação para seus funcionários tudo em busca de uma notícia que depois é dada por todos. Fortes somos nós a pequena, a do interior. Duvido que os proprietários de A Gazeta, Folha do Norte, Rádio São Bento, Liberdade e 89 FM permitissem que seus funcionários se submetessem a tamanha humilhação. Por maior que seja o patrocinador, aqui nenhum deles é tão grande assim para exigir que fiquemos de plantão para em troca de exibir sua logomarca sejamos submetidos e submetamos nossos colaboradores ao ridículo. Correr atrás de ídolos de barro, de estrelas que logo perderão seus brilhos, de escândalos, de falsas espectativas. Será esta a diferença ente o grande e o pequeno? A liberdade de opinião, de mostrar o que quer e não o que é obrigação de fazer por força de um patrocínio de um contrato. Os grande acabam se submetendo à disposição, ao humor, a vontade de pessoas que se são o que são é porque foram exaltados e noticiados pela imprensa. Ninguém se torna herói, astro, famoso, conhecido e reconhecido se não for pela vontade da imprensa. A imprensa tem sim o poder de endeusar como o de derrubar, mas se o patrocinador for mais forte ela perde o poder. Aí não tem como medir seu tamanho e ordem de grandeza. O que não podemos é faltar com a verdade, omitir os fatos, divulgar aquilo que apenas atende o interesse de alguém que patrocina. O que é grande é. nosso compromisso com a verdade, de professar o bem e de exaltar aqueles que são dignos e que merecem ser notícias. Capa de jornal nunca foi lugar para bandido

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