Tratamento de diabetes é tema de capacitação

Vinte profissionais da saúde participaram do treinamento referente ao tratamento de pacientes diabéticos, no auditório da Prefeitura de São Bento do Sul. A capacitação foi orientada pela médica endocrinologista Andrea Betkowski Duvision, com o auxílio da enfermeira Sandra Trein, ambas responsáveis pelos doentes crônicos de diabetes, que recebem acompanhamento da Secretaria de Saúde do município.



As orientações foram repassadas em duas etapas, sendo que na primeira os profissionais estudaram um caso clínico de diabetes tipo 1, tratamento de insulinoterapia e participaram da demonstração de novas tecnologias para diagnóstico e tratamento da doença. No último encontro a palestrante propôs a analise de um caso clínico de diabetes tipo 2 e repassou orientações para exames dos pés dos pacientes, que conforme o avanço da doença, os mesmos perdem a sensibilidade ao longo dos anos.



Conforme explicou Sandra, a questão dos cuidados com os pés dos diabéticos é extremamente séria. “A perda da sensibilidade amplia as chances do diabético se machucar e muitas vezes nem notar. Infelizmente as feridas podem se agravar e até ocorrer a amputação do órgão”, completou a enfermeira.



Atualmente, na rede municipal de saúde, são acompanhados 1.869 casos de diabetes. O diabetes tipo 1, conhecido como diabetes juvenil, afeta 520 pessoas, já o diabetes tipo 2 são 1.349 pacientes que recebem acompanhamento. Nos dois casos, mensalmente é realizada a consulta e orientação de rotina, além do repasse dos medicamentos necessários.



Diabetes Tipo 1



O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.) Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.



Sintomas Diabetes tipo 1



• Vontade de urinar diversas vezes;
• Fome freqüente;
• Sede constante;
• Perda de peso;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Nervosismo;
• Mudanças de humor;
• Náusea;
• Vômito



Diabetes Tipo 2



O diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos. Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência Insulínica". O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.



Sintomas Diabetes tipo 2



• Infecções freqüentes;

• Alteração visual (visão embaçada);

• Dificuldade na cicatrização de feridas;

• Formigamento nos pés;

• Furunculose.



12 mandamentos do Pé Diabético



1.Não andar descalço;

2.Não colocar os pés de molho em água quente, nem usar compressas quentes;

3.Cortar as unhas de forma reta;

4.Não usar calçados apertados, de bico fino, com sola dura ou tiras entre os dedos;

5.Não usar remédio para calos, nem corta-los com qualquer objeto;

6.Não usar cremes hidratantes entre os dedos;

7.Após o banho, enxugar bem os pés, inclusive entre os dedos;

8.Inspecionar o interior dos calçados, antes de usá-los;

9.Apenas usar sapatos com meias, trocando-os diariamente;

10.Usar meias com costura para fora ou, de preferência, sem costura;

11.Examinar os pés diariamente e procurar um serviço de saúde quando perceber bolhas, feridas, inchaço ou mudança na cor dos pés;

12.Os pés do diabético devem ser examinados regularmente por um profissional de saúde. (AI)

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