Internauta critica oligarquias

Do Blog de Moacir Pereira

Internauta Carlos Nascimento envia mensagem com comentário sobre o a disputa política entre Jorge e Paulo Bornhausen e Lula e o PT catarinense. Declara-se indignado pelo posicionamento da RBS. Esclareça-se que o grupo RBS, por seus editoriais ou por seus colaboradores, em nenhum momento se posicionou a favor de quem quer que seja. Seus veículos e colunistas apenas abriram espaços para que o público seja informado. Dado o esclarecimento segue a íntegra:

“Fiquei indignado com o posicionamento da RBS tendencioso ao defender o kaiser Jorge Bornhausen. Falar que esse homem representa a família catarinense é um insulto. Promiscuo, péssimo pai e marido quem deveria lavar a boca com sabão para falar do presidente do Brasil deveria ser ele. Os tucanos tiveram uma péssima idéia de que ouvir conselhos de
Jorge Bornhausen é um bom negócio. Provavelmente, tem em mente o
status de “raposa política” que Bornhausen adquiriu nos círculos políticos e na mídia. Mas se a fama fazia jus à sua atuação durante a ditadura, ela não tem, no período democrático, o menor apoio na realidade, por um simples fato: agora temos eleições. Os feitos dessa “raposa política” depois da redemocratização (antes não vale, porque ser governador biônico não conta), são notáveis.A primeira jogada de exímio enxadrista político em tempos de democracia foi em 1992. Com o governo Collor quase morto, Bornhausen assume a pasta equivalente à Casa-Civil (secretaria de Governo, salvo engano) para “salvar” o governo. Que cálculo político! Que perícia! Que timing! E todos sabemos o sucesso que foi a operação salva-Collor. Depois, em 1999, só se elege senador por Santa Catarina s custas de Amin, outro filhote da ditadura - Amin era candidato a governo na mesma chapa, e a eleição parecia casada; como diz um amigo, parecia que Bornhausen era candidato à vice do Amin. Como presidente do PFL (vamos descontar os tempos áureos do governo FHC, porque aí as condições eram favoráveis, e o PFL ainda possuía outros “caciques” influentes nos bastidores, como Marco Maciel, e gente eleitoralmente densa, como ACM), teve o mérito de reduzir o número de governadores do partido a ZERO (governador do DF não conta; é governador distrital - e além do mais, era Arruda, que logo virou ex-governador). Bornhausen prometeu acabar com a raça “petista” e disse, em 2006 (não vou fazer link pra fonte, mas é aquela revista bem confiável tratando-se de temas de interesse dos demotucanos), que Lula jamais se reelegeria. E foi essa “raposa política” que conduziu a “reformulação” do PFL naquele processo
desastrado que todos conhecemos em que a sigla mudou várias vezes
(D25, DEM) até chegar ao atual Democratas, nome que porta um evidente
contra-senso: só um idiota pode achar que um partido que passa a
liderança de pais para filhos, de César Maia para Rodrigo Maia, de ACM
para ACM Neto, de Jorge Bornhausen para Paulo Bornhausen, se “renovou” e é “democrata”, e não - o que ele sempre foi - oligarca (como dizia um professor meu: “PFL jovem é uma contradição em termos”). E falando em família, em 2002 decidiu eleger seu filho senador. Como grande “raposa política”, traçou uma estratégia de campanha infalível:
limitar a campanha ao grande feito único de “Paulinho” Playboy: ser
contra os pardais (aqueles radares fixos que medem a velocidade nas
Rodovias). Preciso dizer que Paulinho não se elegeu senador? O motivo
para tanta habilidade política é simples: Bornhausen não entende nada
de democracia. É um político formado na mentalidade da ditadura e sem
densidade eleitoral. Ele não entende direito o que é uma eleição.
Simples. E se os tucanos já não tem mais um projeto, não são os
conselhos eleitorais de Bornhausen que vão ajudar. Se os políticos
fossem tão inteligentes quanto a mídia diz, já teriam se livrado dos
conselhos dessa “raposa”. Carlos Eduardo Nascimento”.

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