Magno Bollmann e comitiva conhecem gestão de saneamento da Alemanha
Retornaram de viagem no último domingo, dia 19 de setembro, o Prefeito Magno Bollmann, o Diretor-Presidente do Samae Geraldo Weihermann e o secretário de Desenvolvimento Econômico Uwe Stortz. Os integrantes do executivo municipal passaram uma semana na Alemanha, participando da 16ª IFAT – Feira Internacional de Meio Ambiente, realizada em Munique.
Como resultado da viagem, uma série de experiências foram vivenciadas na Alemanha, onde visitas foram realizadas em empresas da região, despertando o interesse de aplicar em São Bento do Sul alguns dos exemplos dos trabalhos realizados nas áreas de água, esgoto e resíduos sólidos na região de Munique.
Para o prefeito, um dos destaques na área, são as parcerias realizadas pelas comunidades menores para resolver as questões ambientas que envolvem toda uma região, como foi o Consórcio Público Vivo, visitado já no primeiro dia da viagem. Esse consórcio é responsável pela coleta e seleção dos resíduos de 17 comunidades, totalizando 100 mil habitantes. Na empresa são diversos os equipamentos utilizados para a separação mecanizada dos diferentes tipos de lixo. De todo o lixo recebido, cerca de 60% é reciclado e o restante é incinerado, gerando energia. Conforme Magno, nessa visita também foi verificada a coleta de óleo nas casas, sendo que cada família recebe um recipiente próprio para acumular o óleo e ao entregar o material para reciclagem recebe novamente um recipiente vazio. “O óleo coletado vira combustível para os caminhões da empresa e esse reaproveitamento já estamos realizando em São Bento do Sul, através de projeto implantando esse ano, gerando economia e evitando a contaminação do meio ambiente com esse óleo usado”.
Outro fator que chamou a atenção nessa visita foi a conscientização da população que já realiza grande parte da seleção em casa, separando principalmente o lixo orgânico do lixo seco. Em cada uma das comunidades atendidas pelo consórcio é determinado um ponto de coleta e os moradores é que levam o lixo até esses locais. Em média a taxa anual paga é de 200 euros, ou R$ 450,00. O resultado desse trabalho de reciclagem é visível em dados como o que mostra que hoje, na Alemanha, são utilizados por ano, cerca de 720 mil toneladas de alumínio reciclado contra 600 mil toneladas de alumínio virgem.
Na segunda visita da viagem o foco foi uma empresa de compostagem e produção de biogás. Para o secretário Uwe Stortz, foi interessante constatar que no processo de compostagem, onde a empresa recebe somente o lixo orgânico produzido na região, os produtos finais após os processos são a energia e o adubo. Nessa usina, há a produção do biogás gerado pelo lixo orgânico em tratamento, gás esse que serve de energia para a própria usina. Os sólidos resultantes do processo são transformados em adubo.
O grupo também visitou uma empresa que realiza a incineração de lixo. Nessa visita, foi constatado que a incineração gera energia para o abastecimento da própria empresa, contando ainda com excedente de energia para abastecimento da região. A incineração ainda proporciona aquecimento de água para residências. Nessa planta de incineração de lixo todo material que chega é queimado, gerando energia. Após incinerado há a geração de cinzas, sendo que 90% delas são utilizadas na construção civil e até mesmo na composição do asfalto. Ao final de todo o processo, apenas 2% (cinzas não-utilizáveis) de todo o material recebido é direcionado para um aterro industrial controlado. Segundo Uwe, na Alemanha não existem mais aterros para lixo doméstico, lixo que deve ser totalmente direcionado para centrais de separação, reciclagem e reaproveitamento.
Também foram realizadas pelo grupo visitas na área de tratamento de água e esgoto. Para o Diretor Presidente do Samae, Geraldo Weihermann, na visita realizada no vale do Mangfall, foi conhecido o local de captação da água que abastece toda a região de Munique. No local, a água é coletada à uma profundidade de 10 metros sendo proveniente das montanhas, e com uma qualidade que permite o fornecimento sem nenhum tratamento prévio. Dessa visita, o que mais chamou a atenção foi a questão do pagamento que é realizado para que os proprietários de 6 mil hectares de área do manancial, preservem a área, garantindo a qualidade da água. Nessas terras, os agricultores passaram a produzir somente alimentos orgânicos, preservando a qualidade do solo e subsolo, recebendo pagamentos anuais por essas atitudes. Geraldo lembra que o executivo municipal já vem estudando uma forma de aplicar o chamado PSA – Pagamento por Serviços Ambientais na região do manancial do Rio Vermelho, já tendo sido iniciado o Plano de Manejo da área, para garantir a sustentabilidade, mantendo a qualidade e a quantidade de água disponível no Rio Vermelho.
Já na visita realizada na Estação de Tratamento de Esgoto, foi verificada a utilização do lodo produzido na estação para a geração de energia, através de sua incineração. Também no local visitado, o esgoto passa algumas horas em tanques que aumentam a produção de gases do processo, gerando mais energia, que é toda utilizada na manutenção da própria ETE.
Após essas visitas, o grupo participou da feira, visitando fornecedores de produtos e serviços na área do meio ambiente, tratamento de água e esgoto, além da área de resíduos sólidos. Segundo o Prefeito, novas ações na área deverão ser tomadas já no próximo ano, melhorando a situação do município nessa questão ambiental, pois deverá ser trabalhado mais com a conscientização, ampliar a coleta seletiva e aumentar a reciclagem de lixo, além de iniciar um trabalho para a separação e manejo de lixo orgânico, através do processo de compostagem.
Além disso, deve-se definir a questão do pagamento pelos serviços ambientais na região do manancial do Rio Vermelho, devendo ser ampliada a coleta e aproveitamento de óleo como combustível veicular e também será dada seqüência ao Plano de Manejo da APA do Rio Vermelho. “Nossa gestão tem um sério compromisso com as questões ambientais e percebemos que precisamos nos unir, fugir dos limites territoriais definidos pelo homem, atuar em conjunto, através de consórcios e cuidarmos cada vez mais do meio ambiente, garantindo o futuro de todos”, finalizou o Prefeito.
Como resultado da viagem, uma série de experiências foram vivenciadas na Alemanha, onde visitas foram realizadas em empresas da região, despertando o interesse de aplicar em São Bento do Sul alguns dos exemplos dos trabalhos realizados nas áreas de água, esgoto e resíduos sólidos na região de Munique.
Para o prefeito, um dos destaques na área, são as parcerias realizadas pelas comunidades menores para resolver as questões ambientas que envolvem toda uma região, como foi o Consórcio Público Vivo, visitado já no primeiro dia da viagem. Esse consórcio é responsável pela coleta e seleção dos resíduos de 17 comunidades, totalizando 100 mil habitantes. Na empresa são diversos os equipamentos utilizados para a separação mecanizada dos diferentes tipos de lixo. De todo o lixo recebido, cerca de 60% é reciclado e o restante é incinerado, gerando energia. Conforme Magno, nessa visita também foi verificada a coleta de óleo nas casas, sendo que cada família recebe um recipiente próprio para acumular o óleo e ao entregar o material para reciclagem recebe novamente um recipiente vazio. “O óleo coletado vira combustível para os caminhões da empresa e esse reaproveitamento já estamos realizando em São Bento do Sul, através de projeto implantando esse ano, gerando economia e evitando a contaminação do meio ambiente com esse óleo usado”.
Outro fator que chamou a atenção nessa visita foi a conscientização da população que já realiza grande parte da seleção em casa, separando principalmente o lixo orgânico do lixo seco. Em cada uma das comunidades atendidas pelo consórcio é determinado um ponto de coleta e os moradores é que levam o lixo até esses locais. Em média a taxa anual paga é de 200 euros, ou R$ 450,00. O resultado desse trabalho de reciclagem é visível em dados como o que mostra que hoje, na Alemanha, são utilizados por ano, cerca de 720 mil toneladas de alumínio reciclado contra 600 mil toneladas de alumínio virgem.
Na segunda visita da viagem o foco foi uma empresa de compostagem e produção de biogás. Para o secretário Uwe Stortz, foi interessante constatar que no processo de compostagem, onde a empresa recebe somente o lixo orgânico produzido na região, os produtos finais após os processos são a energia e o adubo. Nessa usina, há a produção do biogás gerado pelo lixo orgânico em tratamento, gás esse que serve de energia para a própria usina. Os sólidos resultantes do processo são transformados em adubo.
O grupo também visitou uma empresa que realiza a incineração de lixo. Nessa visita, foi constatado que a incineração gera energia para o abastecimento da própria empresa, contando ainda com excedente de energia para abastecimento da região. A incineração ainda proporciona aquecimento de água para residências. Nessa planta de incineração de lixo todo material que chega é queimado, gerando energia. Após incinerado há a geração de cinzas, sendo que 90% delas são utilizadas na construção civil e até mesmo na composição do asfalto. Ao final de todo o processo, apenas 2% (cinzas não-utilizáveis) de todo o material recebido é direcionado para um aterro industrial controlado. Segundo Uwe, na Alemanha não existem mais aterros para lixo doméstico, lixo que deve ser totalmente direcionado para centrais de separação, reciclagem e reaproveitamento.
Também foram realizadas pelo grupo visitas na área de tratamento de água e esgoto. Para o Diretor Presidente do Samae, Geraldo Weihermann, na visita realizada no vale do Mangfall, foi conhecido o local de captação da água que abastece toda a região de Munique. No local, a água é coletada à uma profundidade de 10 metros sendo proveniente das montanhas, e com uma qualidade que permite o fornecimento sem nenhum tratamento prévio. Dessa visita, o que mais chamou a atenção foi a questão do pagamento que é realizado para que os proprietários de 6 mil hectares de área do manancial, preservem a área, garantindo a qualidade da água. Nessas terras, os agricultores passaram a produzir somente alimentos orgânicos, preservando a qualidade do solo e subsolo, recebendo pagamentos anuais por essas atitudes. Geraldo lembra que o executivo municipal já vem estudando uma forma de aplicar o chamado PSA – Pagamento por Serviços Ambientais na região do manancial do Rio Vermelho, já tendo sido iniciado o Plano de Manejo da área, para garantir a sustentabilidade, mantendo a qualidade e a quantidade de água disponível no Rio Vermelho.
Já na visita realizada na Estação de Tratamento de Esgoto, foi verificada a utilização do lodo produzido na estação para a geração de energia, através de sua incineração. Também no local visitado, o esgoto passa algumas horas em tanques que aumentam a produção de gases do processo, gerando mais energia, que é toda utilizada na manutenção da própria ETE.
Após essas visitas, o grupo participou da feira, visitando fornecedores de produtos e serviços na área do meio ambiente, tratamento de água e esgoto, além da área de resíduos sólidos. Segundo o Prefeito, novas ações na área deverão ser tomadas já no próximo ano, melhorando a situação do município nessa questão ambiental, pois deverá ser trabalhado mais com a conscientização, ampliar a coleta seletiva e aumentar a reciclagem de lixo, além de iniciar um trabalho para a separação e manejo de lixo orgânico, através do processo de compostagem.
Além disso, deve-se definir a questão do pagamento pelos serviços ambientais na região do manancial do Rio Vermelho, devendo ser ampliada a coleta e aproveitamento de óleo como combustível veicular e também será dada seqüência ao Plano de Manejo da APA do Rio Vermelho. “Nossa gestão tem um sério compromisso com as questões ambientais e percebemos que precisamos nos unir, fugir dos limites territoriais definidos pelo homem, atuar em conjunto, através de consórcios e cuidarmos cada vez mais do meio ambiente, garantindo o futuro de todos”, finalizou o Prefeito.
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