Nunca é tarde para começar: Dois exemplos de vida

Também nunca é tarde para aprendermos, para refletirmos e fazermos um balanço de nossas vidas. Será que eu amei suficiente? Será que eu fui um bom exemplo? Será que eu servi? Será?... Será?... e quantos será?...seremos capazes de responder? E se teremos coragem de responder? Pois há poucas horas fiquei de frente com duas histórias que são verdadeiros testemunhos de vida, de resignação, de amor, dedicação, fé e de que nunca é tarde para começarmos. Lembram que Roberto Marinho começou a construir seu império das comunicações aos 60 anos de idade? Pois é! Os fatos que vou narrar são mais ou menos parecidos e talvez até mais ousados. Ao deixarmos a Missa de 7º dia em honra da memória do falecido João Goedert Neto e conversarmos com seus filhos, - dos seis, cinco estiveram presentes -, noras, genros e netos, que justificaram a viagem pois aqui seus pais viveram a maior parte de suas vidas e eles as suas infâncias e que aqui era a casa deles, a Igreja deles. Guto lembrava que seu pai por quem foi celebrada a Missa, faleceu com 79 anos, e no ano passado formou-se em Administração de Empresas, após enfrentar os bancos de uma faculdade já septuagenário. Um cidadão que se poderia dizer realizado, filhos formados, netos já médicos e outros em fase de conclusão. Financeiramente um cidadão abastado e bem sucedido. Jango como era conhecido pelos amigos talvez um dos maiores benfeitores da Igreja Matriz Puríssimo Coração de Maria e outras capelas, fato lembrado pelo celebrante padre Carlos e que nunca fez questão de alardear suas boas ações. Já sua filha Lúcia Helena que mora em Castro e que para cá também se deslocou, contava que seu sogro é padre. Lógico que levei um susto e não fugi de pedir mais detalhes. “Lembra quando do sepultamento do papai lá em Curitiba, um senhor magro e já de idade que concelebrou junto com os Arautos do Evangelho, - aliás cerimônia tocante e belíssima que emocionou sem tristezas – perguntou ela. Pois é, aquele é meu sogro, pai do meu marido. Maior ainda o espanto. E, ela passou a narrar. “Meu sogro foi seminarista em Castro por 10 anos e depois foi para os Estados Unidos onde ficou um ano e teve que retornar devido a uma doença. De volta a cidade conheceu uma moça com quem se casou, teve cinco filhos, um dos quais meu marido, e viveram juntos por 47 anos. No início do novo milênio ele viuvou e sentido-se só, voltou para o seminário onde concluiu sua formação religiosa. Está com 81 anos de idade e ordenou-se padre com 79, apenas há dois anos. Possui 11 netos e nenhum deles quer se confessar com o padre Juarez Teles que continua em atividades na cidade de Castro, brincou ela. Também contou que o mesmo há mais de trinta anos só se alimenta de uma pequena porção de “papinha de neném”, devido a um problema no estomago. Vive praticamente da fé e da religiosidade, história que já comoveu o Brasil e foi contada por Gisele Macedo Goedert em seu programa na TV Bandeirantes e foi notícia inclusive no Fantástico da Globo.
Duas histórias, dois exemplos de vida e que podem alavancar você, fazer levantar-se do sofá, deixar de reclamar da vida e ir à luta. Sua benção Padre Juarez. Descanse em Paz amigo Jango. Obrigado pelos seus exemplos.

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