“O IMPORTANTE É COMPETIR...”

 Nelson Vieira
Quão lindo é ver a bandeira do Brasil e seus representantes marcando presença em uma cerimônia notável, singular, marcante, como a ocorrida na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres -2012.Somos gratos a tecnologia por nos proporcionar a regalia de testemunhar ao vivo e em cores os acontecimentos relativos ao evento em questão. Isso contribui para causar fortíssimas emoções, em nós simples seres humanos. A ponto de atingir até mesmo os possuidores de “corações de pedra”.Que idéia brilhante teve monsieur PIERRE DE COUBERTIN, o idealizador e um dos fundadores dos jogos olímpicos modernos, um visionário. Ele previu. Fez prevalecer seu sonho, vendo tornar-se realidade, após muitas lutas. Dedicou boa parte da sua vida a realização do seu desejo, arcando com despesas. Morreu pobre.  Seus ideais permanecessem mais vivos do que nunca. Um vencedor, digno representante da humanidade. O legado está aí, a repetir a cada quatro anos, num local previamente escolhido, para o encontro de praticas esportivas, sejam coletivas ou individuais. Disso, originou outros eventos, por exemplo, jogos de inverno, jogos paraolímpicos, da juventude e panamericano, entre outros, para oportunizar a continuidade do princípio proposto por Coubertin, a união dos povos.Que bom seria ver a democracia (também de origem grega, a partir de Atenas), baseada na trilogia: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, estampada em ações, vontades dos povos, independente de localização no espaço geográfico do nosso planeta.Ressalta-se que os primeiros jogos olímpicos tiveram a participação de atletas masculinos e amadores. Os adquirentes de status de profissionais não tinham vez, ficavam no prejuízo. Nos dias que antecedem a abertura, a tocha olímpica percorre um percurso com saída da Grécia e chegada na cidade sede do país que sediará os jogos. O ritual tem início com a chama olímpica, nome derivado de Olímpia (Grécia antiga). O fogo sempre foi considerado sagrado pelos povos e integra os quatros elementos fundamentais: água, ar, fogo e terra.Segundo a história, tudo teria começado em honra a Zeus, divindade suprema dos gregos a época, com permanência continua do fogo em local apropriado nos templos. No caso de Olímpia, partia do templo de Hestia, naquela cidade. Hoje a cada edição, o ritual de atear fogo na pira tem um que de especial nas sedes das realizações dos jogos. Sempre os organizadores vem modificando o modo de acender a pira olímpica, com intenção de realçar o ato e seu significado.Serão mais de duas semanas de promoção de irmanar os povos dos cinco continentes, magnificamente representados pelos cinco anéis olímpicos entrelaçados, assim identificados: azul (continente europeu), amarelo (continente asiático), preto (continente africano), verde (continente Oceania) e vermelho (continente americano). Oportunidade de vermos e aprendermos mais e mais no tocante as culturas de maneira geral, além de assistir com o beneplácito da mídia competições em suas várias modalidades, em tempo real.O congraçamento, o culto ao esporte, a saúde, o bem estar longe de contendas bélicas é o objetivo precípuo do encontro dos atletas oriundos de mais de duzentos países para participar dos jogos olímpicos. O importante é competir, a vitória é em decorrência de aprimoramento, de qualificação, de incentivos (centrados numa política pública e privada), com enorme dose de dedicação e sacrifícios.  Ficaremos na torcida por uma posição de destaque do Brasil, no cenário olímpico, de olho no quadro de medalhas. Certamente muitas lições advirão.Para o país será mais um aprendizado, uma vez que, a próxima olimpíada será em solo brasileiro. Não podemos e não devemos fazer feio. Todos irmanados e em corrente positiva, torcendo pelos nossos atletas, pelas nossas cores.Nelson Vieira -  visonel@uol.com.br

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