Solidariedade com racionalidade


Se existe uma qualidade no povo são-bentense, esta pode ser destacada como a da solidariedade, do saber doar-se, repartir, participar. É sem dúvidas um dos nossos maiores predicados. Agora para que não nos tornemos perdulários e não nos percamos no distribuir é preciso saber dar a quem. Muitas são as ações, as iniciativas, e por serem isoladas e não obedecerem a nenhum critério mais lógico e logístico, acabam criando situações e comentários que às vezes desabonam e desacreditam algumas delas. Vejamos apenas um exemplo simples. Você em sua casa, com condições financeiras, sem depender de ajuda de terceiros quantos cobertores novos compra por ano? Ah! Ainda tenho aquele do enxoval de quando casamos e não abandono de jeito algum. Onde quero chegar. Dificilmente alguma família mesmo abastada renova todo o enxoval de inverno a cada estação. São guardados mesmo que em embalagens especiais, e no próximo ano, novamente na chegada do inverno são levados ao sol para tirar o mofo e quentinhos de volta para a cama. Agora você já reparou que determinadas famílias que vivem exclusivamente da ajuda de terceiros e das campanhas, ganham cobertores novos, lençóis, agasalhos, a cada ano? E são sempre os mesmos. Os que se beneficiam do Bolsa Família e de outros programas sociais do Governo.  Mas onde você quer chegar, perguntarão alguns? Rapidamente respondo. Critérios, cadastros e realmente ajudar a quem precisa. Não são poucas as denúncias de que pessoas vendem o que ganham. Até bazar chegam a fazer. Lembram daquelas religiosas em um  município vizinho que recebiam doações da Alemanha e renovavam o guarda roupas de muitas madames? Só as sobras eram distribuídas. Pois é. Justamente para evitar estes desatinos e acabar ajudando quem não precisa é que a iniciativa da Acisbs através de seu presidente Jonny Zulauf é acertada, em boa hora e merece apoio. Teremos que reunir todas as entidades, seja Clubes de Serviço, Sociais, Associações e cadastrá-las, verificando a situação jurídica de cada uma, a sua existência legal e a forma como estão operando. Igualmente cadastrar as famílias que são ajudadas buscando o maior número de informações possíveis para evitar que uns recebam em dobro e outros nada. Todas as iniciativas serão sempre benvindas e apoiadas, mas seria de bom alvitre sempre um selo de uma ONG (entidade maior) que centralizasse estes eventos. Assim poderíamos criar kits específicos para atender necessidades específicas. Exemplo: fome, agasalhos, enxovais, medicamentos, assistência em casos de sinistros como incêndios e outras catástrofes. Tenho certeza que organizados seremos muito mais produtivos e menos dispersivos e com  muito mais credibilidade.

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