Será que vamos aprender?

Ato público pede mais segurança no Oeste de Santa Catarina

Cerca de 2,5 mil pessoas estiveram na Avenida Getúlio Vargas, em Chapecó

Ato público pede mais segurança no Oeste de Santa Catarina Marcio Cunha/Especial
Carta com reivindicações será enviada à Secretaria de Desenvolvimento Regional e ao Governo de SCFoto: Marcio Cunha / Especial
Mais policiais, uma delegacia de homicídios, guarnição especial da Polícia Militar no bairro Efapi e 200 vagas no Centro de Atendimento Socioeducativo eno Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório. 

Estas são as reivindicações do ato público "Chega de Violência- Chapecó Unida Exige Segurança", realizado na manhã desta terça-feira, na Avenida Getúlio Vargas, em Chapecó. Uma carta com essas reivindicações será encaminhada para a Secretaria de Desenvolvimento Regional de Chapecó e, posteriormente, ao Governo do Estado. 

— Essa força-tarefa que está na cidade não basta, pois vai ficar 30 a 45 dia no máximo. Precisamos de policiais efetivos- disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), Bento Zanoni. 

A Acic, a Câmara de Dirigentes Lojistas e o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó encabeçaram uma lista de cerca de 50 entidades que apoiaram o ato. Alguns comerciantes fecharam as portas das lojas durante o manifesto, que durou cerca de uma hora e reuniu 2,5 mil pessoas segundo a comissão organizadora. Entre eles estavam funcionários do comércio, empresários, professores, policiais federais em greve, vítimas e familiares de vítimas da violência. 

"Não dá para abrir a porta de casa"

Iracema Bitencourt, irmã do professor Alcides Bitencourt, assassinato a tiros em casa em maio do ano passado, levou uma faixa para lembrar do irmão e também pedir mais segurança. 

— Não dá para abrir a porta de casa — disse. 

A violência levou os moradores do bairro Jardim Itália a formar uma associação. 

— Nossos filhos brincavam com carrinho de rolimã na rua e hoje estamos amedrontados — disse a aquiteta Marlene Zawadski, que no ano passado levou um tiro no pé quando foi assaltada chegando na casa da cunhada. 

A professora Noeli Reale viveu dois assaltos em menos de um ano. No ano passado estava num estabelecimento comercial quando houve o assalto. Há 15 dias, dois homens armados invadiram a casa dela, renderam a família e levaram o carro e produtos eletrônicos. 

— Tem que atacar o crime organizado, quem recepta os produtos — sugeriu. 

A mobilização foi promovida após o aumento no índices de violência na cidade. Somente em 2014 são 15 homicídios, um aumento de 50% em relação ao ano passado. Como resposta, os órgãos de segurança do Estado encaminharam 70 policiais para a região, na "Operação Torniquete", que iniciou na segunda-feira. 

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