Professor opina sobre eleições



“Acabou ontem uma das eleições mais disputadas do Brasil. Foi a 7ª disputa democrática consecutiva, o maior período sem interferência de golpes e/ou “revoluções” que o país já viveu.
Isso indica que estamos evoluídos e que aprendemos a conviver com a Democracia, certo? Infelizmente, parece que não!
Desde a divulgação do resultado temos visto mensagens absolutamente lamentáveis no Facebook e em vários órgãos da imprensa. Não são poucos os brasileiros comuns, os políticos e até jornalistas que pregam diversos absurdos tais como: exterminar os eleitores pobres, separar o norte/nordeste do sul/sudeste do país ou ainda derrubar a presidente eleita democraticamente através de um impeachment, entre outros.
Isso tudo mesmo depois de uma campanha onde cada um pode dizer o que teve vontade, até mesmo de forma irresponsável e mentirosa. Houve até revista que publicou denúncias sem a mínima comprovação menos de 72 horas antes do pleito e emissora de televisão que usou seu principal noticiário para repetí-las, 12 horas antes do início da votação. Tudo isso, porém, em vão e mesmo assim Dilma Rousseff está reeleita.
Além de lamentável, por parecer o discurso da “raça superior ariana” utilizado em outras oportunidades, a maioria dessas falas é claramente equivocada (para ser delicado). Basta fazer contas: se a diferença entre Dilma e Aécio foi de aproximadamente 3,5 milhões de votos e a soma dos sufrágios da petista na região sul foi de cerca de 6,7 milhões, é fácil perceber que ela dependeu também dessa região para se eleger.
Além disso, venceu no Rio de Janeiro e em Minas Gerais com aproximadamente 1,3 milhão de votos de diferença. Minas e Rio, até onde se sabe, não ficam no nordeste.
Também é risível a tese de que o PT sai abalado ou enfraquecido dessa eleição. Afinal, o partido é massacrado pela imprensa, quase diariamente, desde 2005 (para contar apenas a partir da AP470) e mesmo assim venceu as 3 disputas presidenciais. Além disso, elegeu os governadores da Bahia, Piauí e de Minas Gerais no 1º turno e do Acre e Ceará no 2º turno.
Como se não bastasse, terá a maior bancada da Câmara dos Deputados e a 2ª maior no Senado. Se esses números indicam derrota do partido, o que se pode afirmar do PSDB?
Talvez o que esteja faltando, na verdade, é parte da população brasileira se acostumar com a democracia e aprender a respeitar a decisão da maioria. Fica fácil, portanto, perceber quem são aqueles que têm mais dificuldades em aceitar o resultado das urnas. Afinal, quem está acostumado a mandar e a ter as coisas do jeito que quer, sempre? São os trabalhadores??? Quem tem o hábito de impor suas vontades e ditar as regras nas empresas e em casa? Os funcionários???
Nós, a maioria que optou por eleger a candidata que melhor representava nossas aspirações e que provou, na prática, que executa as medidas que achamos mais justas e eficazes exigimos respeito!
Até 2018!!!
André de Mattos
Professor
Bombinhas/SC.

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