Quem foi Elisa Ruck

Antes de mais nada, a amiga, a parceira, aquela em quem sempre era gostoso dar um abraço e conversar. Dias passados ainda me ligou. Tinha um carinho grande para comigo e me dispensava elogios que me enchiam o ego. Dizia que não conhecia ninguém que escrevesse como eu,  quando o fazia em uma homenagem póstuma. Eu lhe respondia que era fácil escrever sobre quem a gente conheceu. A pouco me questionava e perguntava para a Zuleika, o que vou escrever sobre Elisa? Ela me respondeu de imediato. Escreva o que ela era. Ficou mais difícil. Elisa era acima de tudo amiga, Vaidosa desfilava pelos salões da mais alta sociedade catarinense. Adorava brilhos, luzes, flhashes, sempre atrás de poderosos e diferentes óculos, colares e pulseiras.  Brusque nos bailes do Márcio Scheffer. Blumenau nos da saudosa Neuzinha Manske. Florianópolis no Grande Gala Catarinense do amigo comum Moacir Benvenutti. São Bento do Sul no Gala do Planalto Norte onde eu a considerava minha embaixatriz em Joinville, pois era ela a principal articuladora e mobilizadora dos amigos que de lá vinham dividir alegrias conosco. Além de minha embaixatriz, sempre ao lado do seu amado Hermes, Elisa chegou a ser eleita a Primeira Dama da Sociedade Catarinense. Moacir Benvenutti e João Carlos Vieira, quando na ativa, tinham em Elisa farta matéria prima para suas colunas sociais. Leitora do Evolução, exigia de sua prima Mirna que sempre levasse para ela os exemplares que eram guardados. Sempre ligava para comentar algum assunto. Elisa era são-bentense de nascimento e tinha um grande amor por esta terra.   Envolvida foi a primeira mulher a presidir uma sociedade em Santa Catarina, a sua Harmonia Lyra, com uma diretoria composta só por mulheres.  Adorava o glamour dos Bailes de Debutantes, A conheci em festa e sempre nossos melhores momentos foram festivos. Festa sem ela era sempre, meia festa, Nos bailes da Fabíola Bernardes em Joinville, sempre compartilhamos mesa com os saudosos Geovah Amarante (viúva Dirce), Dieter Ivo Pinow (viúva Marlene), Luiz Henrique da Silveira (viúva Ivete), entre outros. Zuleika me alertou. Nossos amigos em Joinville estão se acabando. Respondo, mas as saudades aumentando. Elisa não queria tristeza em seu velório e ainda no último contato, ao falar com a Clarice,  minha fiel escudeira e com quem sempre tratava das festas, disse que gostaria que ela estivesse também presente no seu velório. Seu pedido será atendido.Amanhã estaremos todos juntos em nossa última despedida que com certeza não será alegre, mas faremos possível para não desapontá-la. Elisa que gostava de brilhos, luzes e adereços, na comemoração dos seus 80 anos inclusive colocou em exposição seus trajes de festas. Era uma mulher de personalidade forte e que não mandava recados. Dizia de frente o que sentia, mesmo que não agradasse. Foi além de uma ótima esposa, uma bela mãe para Mariane e Marcos. Seus amigos que eram muitos, irão como nós sentir muito sua ausência. As festas nunca mais serão as mesmas. Vai com Deus amiga e prepara um lugarzinho para quando nos reencontrarmos. Aos teus queridos que sentirão muito mais a tua falta, nosso consolo e pedidos de proteção. Até...
Complementando: Fomos Eu, Zuleika e Clarice para cumprimentar os familiares e nos despedirmos da querida amiga. Alguém me pediu para definir Elisa. Com todo respeito e carinho, ela viveu seus 82 anos na plenitude. Era uma alegria só. "Uma verdadeira escola de samba: enredo, comissão de frente, abre alas, porta bandeira, rainha da bateria e destaque". Morreu em seu quarto enquanto se preparava para festa deixando os amigos que a aguardavam completamente atônitos. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Europa Brasileira

Pedradas do PedroKA

PEDRADAS DO PEDROKA