Pessoa dissimulada

O Cinismo é uma serpente peçonhenta que nunca mostra a verdadeira face, sabe perfeitamente esgueirar-se pelos cantos, ganhar espaço, tornar-se agradável, conquistar a confiança para, quando menos se espera, atacar quem foi inocente o suficiente para lhe dar abrigo.
A crescente superficialidade nas relações tem feito proliferar a habilidade dos lobos vestirem-se com pele de cordeiro, de tal forma que é completamente ‘démodé’ classificar as pessoas em joio/trigo, e perfeitamente comum termos tanta gente falsa reclamando de falsidade.
A falsidade não é um chifre que só nasce na testa do vizinho, é um demônio muito popular que, num momento ou n’outro, encontra guarida no coração de todos os mortais.
‘Não leve o personagem pra cama, pode acabar sendo fatal’.
A pessoa dissimulada está em desajuste interno, vê o mundo e os outros por uma ótica desfocada; encontra-se perturbada por influências obscuras criados e continuamente alimentados em sua própria mente. O espírito da falsidade é uma erva daninha que nunca nasce sozinha, carrega consigo uma multidão de outras ervas igualmente perniciosas.
 O indivíduo falso é infeliz porque não vive a própria vida; ele está por demais preocupado com o que os outros vão pensar, em como deve se portar, com o que deve ou não dizer afim de ‘parecer’ mais agradável, aceitável, sociável. Ele sofre de uma múltipla insegurança e, por isso, deseja viver a vida que não lhe pertence.

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