Padres artistas

Sou das antigas e do tempo dos padres de batina e com botões da cabeça aos pés. Aliás fui criado com meus pais hospedando padres em casa quando iam  uma vez por mês rezar missa em Santa Leocádia (distrito de Canoinhas). Frei Lino que nunca esqueci comia pão com doce, banha, linguiça e o que mais tivesse. Hoje como programa político, não aguento mais ver padres artistas e o lançamento de seus CDs. Aliás quero lembrar outro fato, a respeito de um destes artistas. Em 2009 em uma festa de casamento em Cascavel, cuja cerimônia tinha sido presidida pelo padre artista Fábio de Melo, empolgado, tentei entrevistá-lo, claro sem antes deixar de pedir sua aquiescência. Pediu-me que esperasse e retornasse mais tarde. Esperei, voltei e nada. Na terceira tentativa, ele sentado e simplesmente batendo papo, me aproximei, o câmera cedido por meu amigo Léo da Tv de Ponta Grossa e um bando de seguranças me impedindo. Foi então que de saco cheio agradeci pela atenção e desabafei dizendo para  o padre Fábio: O senhor pode ser importante, mas, Cristo que foi e continua sendo bem mais  que o senhor não tinha seguranças, tinha apóstolos. Boa noite. No outro dia em viagem de retorno sofri um grave acidente no qual eu e Zu quase passamos para outra. Graças a Deus continuamos por aqui, mas cada vez que encontro o cinegrafista ele brinca: "você foi brigar com o Padre".
 Aí lembro de um velho conselheiro que dizia: nunca brigue com  Padre, delegado e  jornalista. Acho que só ainda não briguei comigo mesmo.