Pedradas do PedroKA - A gente somos inútil

por Pedro Alberto Skiba - Alvi 36

A GENTE SOMOS INÚTIL

Artigo publicado em abril de 2020

Sempre ouvi dizer que velho vira criança. Ainda bem e menos mal. Criança é esperança, é vida, é inocência, é cuidado é alegria. Também como sou de gerações onde criança brincava com bolinha de gude, peteca de palha, pulava amarelinha, fazia e soltava pipa, bilboquê, bola de pano, roda de chapa de fogão entre outras brincadeiras hoje desconhecidas.Também nasci com ajuda de parteira e no lugar de pediatra era benzedeira. Mas voltando ao início fui ter direito a pediatra já nos meus 50 anos, quando conheci meu querido e saudoso amigo Julio Teddy, o amiguito. Me cuidava me recomendava e acompanhava. Pois é. Vi, vivi e estou vendo muita coisa que vocês das novas gerações ainda irão ver. Outras não. Rádio a bateria, viagem de Maria Fumaça, televisão preto e branco, telefone via telefonista, água de poço, privada de fundo de quintal e chuveiro com carretilha.Telegrama, telex e fax. Também os tratamentos foram mudando. Meu filho sempre me chamou de Pedrão e por conseguinte todos os seus amigos. De uns tempos para cá passei a ser chamado de "véio", embora eu me esforce para não parecer. Inclusive participo de uma turma de janta, duas vezes por mês, em que o segundo mais velho tem 50 e o mais novo 24. Estou me reciclando. Mas, os mais maléfico dos vírus está me fazendo refletir e também me condenou ao confinamento e a todos nós. Também me deu novos apelidos: grupo de risco, idoso, vulnerável, antigo, velho, empata fila, carcomido, entrevado, pé na cova, valsa de casamento e alguns não tão carinhosos. Vou aceitando com certa resignação embora nunca tenha entregue os pontos e nem perdido um tanto da minha vaidade. Não saio de agasalho de moletom na rua, nem de bermuda com tênis e meia. Ah! Ia esquecendo de dizer que ainda trabalho. e que comecei na lida com dez anos de idade. Que gosto do que faço. Por conta deste f.d.p. de um vírus estou como muitos confinado. Saí da minha rotina para entrar numa maior ainda. Além de escrever meus comentários e artigos não posso oferecer muito mais. Não que seja minha vontade. Me sinto tolhido em não poder ajudar, ser útil. Ser rotulado e impedido de ajudar. Gostaria de estar na linha de frente combatendo esta praga. Minha rotina foi quebrada por uma maior ainda. Faz 25 dias que não cumprimento e não converso com meu amigo Motta. Não vejo minhas amigas da Marlisa e nem sei a cor do cabelo da Lu da lotérica. Compras só através dos meus personal's delivery (Rodrigo ). Não sei como estão os buracos na cidade nem as obras do Magno. A sensação é que estou me acovardando, me encolhendo. INÚTIL. Obrigado pela companhia Zuleika, guerreira que me acompanha e me atura há mais de 50 anos. Xyka e Juca, parceiros de todo dia. Ana que me monitora pelo celular. De resto uma Boa Semana Santa para todos nós. E que está Páscoa literalmente nos renove faça renascer em nós a esperança de dias melhores.

A gente não sabemos escolher presidente

A gente não sabemos tomar conta da gente

A gente não sabemos nem escovar os dente

Tem gringo pensando que nóis é indigente

Inútil

A gente somos inútil

Inútil

Parabólicas

“É gratificante ver o Brasil atingir um patamar digno de número de médicos por 1.000 habitantes. É um bom começo num setor repleto de desafios. O desafio da desigualdade na oferta dos serviços. Nos grandes centros sobra médico. Nos lugares mais remotos, está faltando médico mesmo com o programa Mais Medicos. E tem o desafio da qualidade. Para chegar a esse número de médicos, o Brasil abriu mais faculdades de medicina do que os Estados Unidos, que tem uma população 30% maior do que a nossa. Anos atrás o Conselho Regional de Medicina de São Paulo aplicou uma prova nos recém-formados: 40% não identificaram uma apendicite aguda, 78% erraram o diagnóstico de diabetes e 88% não decifraram uma mamografia. Ter medico em quantidade é importante. Ter medico de qualidade, essencial”.

- Mudanças na Câmara Municipal de São Bento do Sul - Suplente Alisson Hastreiter (UB) no lugar de Paulo Zwiefka que foi para a Secretria da Agriultura. As demais ficaram por conta do balé das siglas. Darlan Giuliani trocou o Cidadania pelo PSD, Terezinha Dybas o PSDB pelo PSD. Carla Hoffman o PSD pelo Republicanos. Lili Fechner o MDB pelo União Brasil. 

- Já o vice prefeito Tirso Humelghen trocou o PSDB pelo União que foi quem mais cresceu neste troca troca.

- Nesta quinta-feira, 11 de abril, a Editora Expressão lança a Revistas Líderes de Expressão, que marcou época nas décadas de 1990 e 2000 e volta após 15 anos para destacar e reconhecer as lideranças empresariais de Santa Catarina. Na primeira edição, estrelam a capa a Tuper, empresa líder em transformação de aço na América Latina, a Condor, maior fabricante de escovas, e a Buddemeyer, principal referência brasileira no segmento premium de cama, mesa e banho, todas de São Bento do Sul.

- A força do atacado e da comida é que chama a atenção. As três acima consideradas gigantes, seus faturamentos somados no ano de 23 totalizaram R$ 4, 5 bilhões. Já o grupo Pereira FORT ATACADISTA, FATUROU R$ 13 BILHÕES.

- E, a rodoviária da São Bento do Sul está jogada as môscas. Apenas o guichê do Expresso São Bento tem funcionário atendendo com venda de passagens. Serve também as demais. Funcionário explica que devido a queda de movimentação as outras concessionárias não mantém funcionários. 

- Em plena era 5 G, determinados pontos comerciais em São Bento do Sul são um desastre em termos de internet. Pagar com PIX e cartão, nem pensar. 

- Achologista - Profissional formado pela universidade facebook, com especialização em instagran, com diversas obras enviadas pelo whatsapp. Função: Comentar o que não conhece, e dar mentoria sobre o que nunca fez. Aqui na terrinha tem muitos.

- Empresário - jovem rico e sem profissão. Influencer - dondoca sem formação e profissão.

- E aquela safadinha que agora senta no banco de trás do carro do amante e diz para o maridão que chegou de Uber. Salve Jorge!