UM ESPETÁCULO PARA LAVAR, ENXAGUAR E SECAR A ALMA, O CORAÇÃO E A CABEÇA

UM ESPETÁCULO PARA LAVAR, ENXAGUAR   E SECAR A ALMA, O CORAÇÃO E A CABEÇA

por Pedro Alberto Skiba

Violões, cavaco, piano, flautas, percussão, bandolim, acordeom, bateria, contrabaixo, e  muita inspiração dos virtuoses e um maestro que é atração a parte.

São Bento do Sul - Pronto! Disse quase tudo, mas ainda falta muito.  A cidade viveu um dos maiores espetáculos musicais exibidos na Praça dos Imigrantes e com o testemunho de milhares de espectadores e com as bençãos de Nossa Senhora e do Padre Toller. 

Uma noite agradável onde até a chuva deu trégua e não ousou atrapalhar, tudo estava perfeito para a surpresa que transformou nossa praça numa ordeira, disciplinada e ansiosa plateia. Os primeiros acordes e a participação das convidadas  Juliana D Passos e Camélia Martins, que com suas vozes fizeram tremer as torres da Igreja Matriz. Descrever o maestro Zago, seu comando e repertório uma tarefa mais difícil e que reservo aos críticos especializados. Para mim fantástico, carismático, simpático e dono de dons muito preciosos. 


"Reverenciada nos quatro cantos do mundo, a música brasileira nasceu tardiamente. Gestada por seus pais Europa e África, em pouco tempo ganhou contornos tão próprios que nos fez pensar que o cavaquinho e o violão são brasileiros, tão ligados que são à nossa identidade musical. A Orquestra Brasileira se propõe a investigar a saga musical do país, desde a sua gestação até o amadurecimento do repertório da nossa música instrumental".

"A música dos salões da Europa e das festas coletivas na África gestou a música brasileira, quando Chopin encontra o tambor e a mistura acontece, passando pelo choro, pelo nacionalismo romântico de Carlos Gomes, até desembocar no modernismo de Villa Lobos e Jobim".

"A música popular e as manifestações no Brasil como um todo, com diversos ritmos e identidades que caracterizam cada povo e canto do Brasil. De Milonga das Missões ao arrasta-pé de Qui nem Jiló, não deixam o samba morrer".

IGREJA MATRIZ GANHOU CORES E VIDA


Com certeza nem o arquiteto alemão Simão Gramlich que projetou a Igreja Matriz no alto do morro, como uma guardiã de São Bento do Sul, imaginou que um dia sua fachada imponente pudesse ganhar cores e deslumbrar a população que presenciou. Magnifico, surpreendente, mágico, maravilhoso, estupendo é como pode ser descrita a produção de Simone Grando.

A Igreja Matriz virou obra de arte, ganhou vida  com projeções mapeadas. Assinado por Simone Grando, o video mapping combina formas fluidas, cores vibrantes e padrões sonoros, traduzindo em arte o ritmo e a alma do Brasil. A obra dialoga com o concerto da Orquestra Brasileira. 


"O projeto foi inspirado no samba, no modernismo e na diversidade cultural. Todos os vídeos foram desenvolvidos exclusivamente para a arquitetura do imóvel, harmonizando núcleos e referências para uma experiência imersiva", diz Simone Grando.
A cidade agradece aos ao projeto PIC do Governo do Estado, as empresas patrocinadoras Havan, Buschlle & Leper, Condor, Fundação Cultural de São Bento do Sul pela oportunidade de ser agraciada com tão belo espetáculo. Ao maestro Zago, músicos, cantoras e equipe pela magia apresentada e que merece ser vista por todos os brasileiros. Que venham mais surpresas como esta. Vida longa ao projeto.





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