SOCIEDADE - GENTE QUE É NOTÍCIA - EXPORTANDO TALENTOS - A GAZETA 28-06

                EXPORTANDO TALENTOS

Marlon Jeison Salomon nasceu no feriado de 15 de novembro, dia da comemoração da Proclamação da República e, naquele ano de 1976, de realização de eleições municipais. Era uma segunda-feira. Nosso amigo Edimar Salomon havia se deitado tarde na noite anterior, pois estava intensamente envolvido na campanha para eleição a prefeito de Odenir Weiss. Teria que acordar cedo no dia seguinte, pois o trabalho de acompanhamento das eleições e de fiscalização das seções eleitorais se iniciaria antes do raiar do sol. Mas os planos foram alterados no meio da madrugada. Pouco antes do alvorecer, Diva (Terezinha Weiler) Salomon começou a sentir as primeiras contrações e tiveram que correr para a Maternidade Sagrada Família. O parto correu bem e Edi pôde logo recuperar seus planos e tarefas a cumprir naquele dia. Durante muito tempo, acreditou-se que essa coincidência poderia ser o prenúncio da chegada de um futuro político que herdaria a tradição paterna. Não foi o caso. Essa herança foi legada a Marcel, o primogênito da família Salomon, desde cedo envolvido com a política. Do pai, Marlon herdaria a personalidade forte e assertiva e a paixão pela história e pelo Botafogo; da mãe, o senso prático e o caráter metódico. Seus primeiros 17 anos de vida depois desse 15 de novembro foram vividos em São Bento do Sul. Fez a pré-escola no Jardim de Infância da Igreja Luterana; o primário no Orestes Guimarães e o Primeiro e Segundo Graus no Roberto Grant. Desde pequeno, incentivado pelos pais, envolveu-se com diferentes atividades esportivas, destacando-se no futebol e no futsal. Ainda adolescente, envolveu-se com música e foi um dos fundadores, ao lado dos amigos Élvis Pauli e Ângelo Souza, da banda Pão com Mus. Aos 17 anos, iniciou a graduação em História na Universidade Regional de Blumenau (FURB), cidade para qual se mudou em 1994 e onde foi morar com o irmão, que fazia Direito na mesma Universidade e que foi o grande incentivador e orientador espiritual em sua escolha. Marlon entrou mais cedo na Universidade porque havia entrado na escola um ano antes do tempo regular, logo após completar 6 anos. Imerso em um ambiente em que a palavra escrita era muito presente (seu pai costumava assinar todos os jornais que faziam entregas para assinantes em São Bento) e incentivado por Edi e Diva, aos cinco anos ele já sabia ler e escrever. Foi recebido na Escola para uma avaliação e um período de observação para os quais foi aprovado. Era o início de 1982. Sua irmã, que acabaria por se tornar a sempre simpática e cativante Morgana, acabava de completar um ano. Durante os quatros de graduação em Blumenau, Marlon se envolveu estreitamente com projetos de iniciação científica, que acabaram por orientá-lo para a carreira acadêmica. Concluiu a graduação em 1997 aos 21 anos e foi aprovado no final desse mesmo ano no curso de mestrado em História da Universidade Federal de Santa Catarina, que começou a cursar em 1998, logo após se formar. No final do primeiro ano de mestrado, fez um estágio na Universidade de Tübingen, na Alemanha. Durante o segundo ano de mestrado em Florianópolis, foi indicado pela coordenação do curso, em razão de seu excepcional desempenho, a mudar de nível e ingressar diretamente no curso de doutorado, para o qual foi aprovado após uma série de provas acadêmicas. Em 2001, recebeu uma bolsa para fazer uma parte de seu curso de doutorado na França. De volta da França em 2002, defendeu, aos 25 anos de idade, sua tese de doutorado, tornando-se um dos mais jovens doutores do Brasil. No segundo semestre de 2002, retornou à FURB como professor. Essa foi sua segunda experiência como professor universitário em Blumenau, pois em 1999, ainda com 22 anos, passou um semestre como professor convidado nessa Universidade. Seu objetivo inicial era permanecer em Santa Catarina. Ainda em 2002, recebeu um convite para trabalhar em Lages na Uniplac, que acabou não aceitando. Sua expectativa era se estabilizar em Blumenau, o que se revelaria impossível. Em 2003, recebeu uma bolsa para fazer um pós-doutoramento em Goiânia na Universidade Federal de Goiás (UFG). Acabou se apaixonando pela cidade e pela região e decidiu prestar concurso para essa Universidade em 2005, para o qual foi aprovado em primeiro lugar. Nesse mesmo ano, conheceu Raquel Machado Gonçalves Campos com quem namoraria durante alguns anos até se casarem em 2014. Em 2017, tiveram o único filho, Thomas, hoje com 7 anos, um menino apaixonado pelos livros, pelas brincadeiras, pelo Botafogo e sempre saudoso do Opa Edi, da Oma Diva e de toda a família são- bentense, que ele não deixa de visitar ao menos duas vezes por  Universidade Federal de Goiás, Marlon organizou e escreveu 17 livros publicou mais 50 artigos científicos e capítulos de livro. Assumiu inúmeras responsabilidades administrativas e acadêmicas na UFG e em outras instituições e autarquias científicas e já formou mais de 25 mestres e doutores em história. Foi professor-visitante na França em duas ocasiões e realizou três pós-doutoramentos (na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris; na UFRJ, no Rio de Janeiro; na UFRGS, em Porto Alegre). Neste momento, Marlon está em Paris realizando pesquisas em arquivos e bibliotecas para seu próximo livro.


           Marlon Salomon a mulher Raquel e o filho Thomas

                       GENTE QUE É NOTÍCIA
                                   Wilson Fenner e Sônia sempre  muito participativos
                           Ana Paula Przedzmiski,  bela, chique e elegante em Santiago do Chile


                             Os irmãos Edson e Robson Oliveira curtiam o Stammtisch 

OFERECIMETO
Dedico a coluna de hoje ao amigo e sempre parceiro Evaldo Cemim.

"Pessoas que inspiram sabedoria são aquelas que caem, se levantam, se sacodem, curam seus machucados, sorriem ao longo da vida e dizem: “Aqui vou eu novamente".


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PEDRADAS DO PEDROKA

Recall 2024