Respeitar a opinião: o que é isso?!
(Lauro Edison)
"Respeite minha opinião. Cada um acredita no que quiser".
Qual o sentido da frase acima?
Parece ser: "não queira me obrigar a pensar como você".
Ser obrigado a mudar de opinião (em vez de mudá-la com base em argumentos racionais) é obviamente horrível... A maioria não sabe disso, e oprime muitas opiniões alheias. Se você disser por aí que acha sexo entre irmãos legal, ou que trabalhar é um desperdício de vida, ou que a fé em Deus é uma ilusão, não ouvirá discordâncias ponderadas. Será hostilizado, moralmente condenado e pode ser que caia no ostracismo: "se não pensa como nós, fora!", diz o status quo.
"Fora dissidente, nem queremos ouvir suas perversões!", dizem as boas famílias, dizem os patrões, diz a pessoa de fé. Eis a opressão
Ironicamente, quem mais repete o mantra "respeite minha opinião" é quem faz parte destas maiorias opressoras! Mas eles usam a frase em momentos absurdos: sempre que não têm argumentos para defender seus pontos de vista irrefletidos, se saem com "respeite minha opinião".
Mas, oras, quem a está desrespeitando?
Estão criticando, discordando, questionando, o que é diferente.
Neste caso, o sentido real da frase que inicia esta nota é:
"Não me fale de suas razões, elas perturbam minha ignorância".
O que deveria ser um pedido de "permita-me dizer o que penso" se tornou, em nossa sociedade medíocre, um "permita-me não precisar dizer o que penso - seria uma vergonha pra mim". Que lástima!
As pessoas querem esquecer que são dotadas de um equipamento sofisticado, afinado durante milhões de anos, capaz de processar dados e informações de forma quase mágica. Adorariam se ver livres de tamanha responsabilidade: "Maldito seja meu cérebro! Agora me exigem que eu pense!". E então, elas repetem o mantra vazio:
"Por favor, 'respeite' minha opinião".
por Lauro Edison
"Respeite minha opinião. Cada um acredita no que quiser".
Qual o sentido da frase acima?
Parece ser: "não queira me obrigar a pensar como você".
Ser obrigado a mudar de opinião (em vez de mudá-la com base em argumentos racionais) é obviamente horrível... A maioria não sabe disso, e oprime muitas opiniões alheias. Se você disser por aí que acha sexo entre irmãos legal, ou que trabalhar é um desperdício de vida, ou que a fé em Deus é uma ilusão, não ouvirá discordâncias ponderadas. Será hostilizado, moralmente condenado e pode ser que caia no ostracismo: "se não pensa como nós, fora!", diz o status quo.
"Fora dissidente, nem queremos ouvir suas perversões!", dizem as boas famílias, dizem os patrões, diz a pessoa de fé. Eis a opressão
Ironicamente, quem mais repete o mantra "respeite minha opinião" é quem faz parte destas maiorias opressoras! Mas eles usam a frase em momentos absurdos: sempre que não têm argumentos para defender seus pontos de vista irrefletidos, se saem com "respeite minha opinião".
Mas, oras, quem a está desrespeitando?
Estão criticando, discordando, questionando, o que é diferente.
Neste caso, o sentido real da frase que inicia esta nota é:
"Não me fale de suas razões, elas perturbam minha ignorância".
O que deveria ser um pedido de "permita-me dizer o que penso" se tornou, em nossa sociedade medíocre, um "permita-me não precisar dizer o que penso - seria uma vergonha pra mim". Que lástima!
As pessoas querem esquecer que são dotadas de um equipamento sofisticado, afinado durante milhões de anos, capaz de processar dados e informações de forma quase mágica. Adorariam se ver livres de tamanha responsabilidade: "Maldito seja meu cérebro! Agora me exigem que eu pense!". E então, elas repetem o mantra vazio:
"Por favor, 'respeite' minha opinião".
por Lauro Edison
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