CIRURGIA PLÁSTICA DO PESCOÇO

Dizem os profissionais da estética que o pescoço é a parte do corpo que mais entrega a idade, e até aumenta. Sua pele é mais fina e sensível que a da face, onde os sinais de envelhecimento acentuam-se em muitas pessoas somente tempos depois, por causas naturais ou pelo uso de cosméticos. Não é raro vermos rostos com aspecto jovial, porém com a região que sustenta a cabeça evidenciando os efeitos da exposição solar, estresse, má postura, fumo, vida sedentária ou mesmo herança genética. Existem até massagens e exercícios específicos para esta área, que retardam – mas não evitam – a flacidez, normalmente, rápida e intensa por causa da menor quantidade de glândulas sebáceas e fibras elásticas.

Motivo que leva mais de 50 mil mulheres e homens anualmente aos centros cirúrgicos brasileiros, a plástica de pescoço tem dois objetivos principais: eliminação da gordura e levantamento da pele. O primeiro soluciona o que conhecemos por papada ou queixo duplo e pode ser alcançado com uma simples lipoaspiração. O segundo, chamado lifting cervical, traciona a epiderme caída. É também um procedimento consequente do primeiro, quando há sobra de pele após a aspiração da gordura. Comumente, a operação é casada com a cirurgia de face, mesmo porque, na grande maioria dos casos, não há como acomodar o excesso de pele do pescoço sem intervir nos terços médio e inferior do rosto.



A lipoaspiração

O procedimento dura entre 15 e 30 minutos e é realizado sob anestesia local com sedação, que proporciona recuperação mais rápida e diminui a incidência de hematomas. O paciente recebe alta médica algumas horas depois, sendo necessário apenas o uso de curativo de dois a quatro dias. A drenagem linfática é indicada para reduzir o inchaço.

As cicatrizes são praticamente imperceptíveis, pois a cânula é fina e a incisão para introduzi-la pode ser no sulco mentoniano (depressão abaixo do lábio inferior) ou logo abaixo do lóbulo da orelha. Recomenda-se não praticar atividades físicas e evitar carregar peso por dez dias. Estima-se que o resultado perdure, em média, por cinco anos.



O lifting

A técnica compreende em uma incisão que começa na altura da têmpora, desce pela frente da orelha, contorna o lóbulo por atrás do pavilhão auricular até chegar à linha do cabelo. A pele e os músculos são puxados para cima e para trás. O procedimento dura cerca de uma hora e meia e também é feito sob anestesia local com sedação.

Segundo o cirurgião plástico Zulmar Accioli de Vasconcellos, professor do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), “raramente há complicações e, quando ocorrem, são menores: desde leves sofrimentos da pele até paresias – causadas por pequenas lesões em um nervo, que se recupera completamente até o terceiro mês pós-operatório.” As cicatrizes são pequenas e se escondem atrás da orelha.

É necessário de oito a 24 horas de internação. Para diminuir o inchaço, o paciente deve usar compressas de gelo, permanecer com a cabeceira da cama elevada com dois travesseiros e não deitar de lado. Importante evitar esforços excessivos, carregar peso e abaixar a cabeça nos oito primeiros dias. As atividades físicas moderadas estão liberadas depois de um mês. Após 15 dias, a região já esta quase normalizada e a exposição ao sol é aconselhável entre 30 e 60 dias, de forma gradativa. O resultado, usualmente, dura entre sete e dez anos.


Pescoço de peru

Há casos em que, ao suspender a musculatura do platisma (músculo do pescoço), aproveita-se para interferir na posição das bandas plastimais. Elas podem estar separadas por causa da flacidez, o que se nota facilmente por causa das duas aparentes pregas verticais que iniciam logo abaixo do queixo. Uma das técnicas para uni-las é o “pregueamento” obtido por meio de pontos cirúrgicos, a partir de uma incisão abaixo do queixo.

Mas já há outras maneiras bem menos invasivas e eficazes de se tratar do reposicionamento das bandas, quando não se deseja a realização do lifting. A técnica criada pelo cirurgião plástico João Carlos Draher, de Brasília, por exemplo, foi muito comentada no XI Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica, realizado no Sheraton WTC Hotel, de 19 a 21 de março. Consiste em um aparelho criado por ele na forma de uma escumadeira de cozinha, com um furo só e de tamanho aproximado ao de uma colher de sobremesa. Um fio de aço é introduzido na pele, contorna o músculo e tem sua ponta trazida para fora pelo mesmo orifício. Gira-se o aparelho, puxando a linha que “rasga” o músculo.

Conforme Accioli, que já usa o equipamento há algum tempo, “a técnica está sendo muito bem aceita pelos profissionais e promove resultado bastante satisfatório para o paciente”. A anestesia é local com sedação, não implica em cortes e o efeito dura em torno de um ano.





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