Saúde na UTI em Santa Catarina

A Associação e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos dos Serviços de Saúde de Santa Catarina promoveram um debate com os candidatos ao governo. Apenas a deputada Angela Amin compareceu. Raimundo Colombo cumprir roteiro político no sul e Ideli Salvatti cancelou presença na véspera. Os nanicos também não foram. O debate virou entrevista. Uma ausência inexplicável, sabendo-se que “saúde” é –disparado –o maior problema da população catarinense. É, mas não parece.
O economista Francisco Graziano,coordenador do plano de governo de Serra lá esteve. Recebeu o mesmo documento entregue à candidata do PP. Passa a conhecer, portanto, o diagnóstico da dramática situação da rede médico-hospitalar catarinense.
Começando pelo fim. S anta Catarina tem a pior remuneração pelo Sistema Único de Saúde. Os hospitais recebem R$ 144,00, contra R$154.44 para o Paraná e R$ 188,97 ao Rio Grande do Sul.
Outra triste revelação a mostrar insensibilidade da classe política: a questão tributária. No Brasil, os hospitais são responsáveis por 33% de toda a receita nacional. Nos Estados Unidos, o índice é de 12%, no Japão de 13%, na Índia de 17% e no México de 16%. Quer dizer: aqui não há incentivo fiscal para a saúde do povo. A rigor, os hospitais tem apenas uma isenção. É federal, desobrigados do recolhimento patronal do INSS. Incentivo fiscal estadual? Nada! Isenção do ICMS sobre água e energia, por exemplo? Zero! Participação nos recursos do Fundosocial? Nem cogitado!
O documento, que será entregue aos candidatos ausentes, revela, em síntese: os médicos não tem interesse em contratos com o SUS pela baixa remuneração. É grave a falta de leitos de UTI e há hospitais que instalaram estas unidades, mas não como fazê-las funcionar. Um leito de UTI custa R$ 843,36 a diária. O SUS paga apenas R$ 410,92.

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