As prioridaes do governo só são o povo em época de eleições

Enquanto o povo sofre a consequência das tragédias a falta de estrutura das defesas civis, o governo se esbalda em projetos e investimentos faraônicos que com certeza não servirão a população. Com toda a irresponsabilidade com que tratam as obras de prevenção, a lerdeza com que agem no socorro às vítimas, o contra-ponto são os anúncios de obras para acomodar cada vez o número maior de funcionários públicos que a continuar nesta progressão qualquer dia uma nova tragédia de imensas proporções irá acontecer. A ilha vai afundar. O novo governo de Santa Catarina sequer completou 30 dias e já anuncia como prioridade a construção de novos anexos no Centro Administrativo que deverão custar mais de R$ 220 milhões. Como planejam rápido. O plano de Saúde dos funcionários está para vencer e correm o risco de ficar sem assistência. Mais funcionários no Centro Administrativo, mais congestionamento na via de acesso e nos corredores. Interessante que quando pregam a descentralização, fazem o contrário querendo centralizar tudo. O faraó Luiz Henrique e suas grandes obras tinha a megalomania de construir Arenas. Deve ter se inspirado nos romanos que davam ao povo pão e circo. Em Jaraguá ergueram um enorme centro esportivo e agora com a desativação da equipe da Malwee vai ficar jogado às moscas. No dia 16 de novembro de 2009 registrou-se uma grande festa no governo do Estado e na Prefeitura de Florianópolis. Governador Luiz Henrique, prefeito Dário Berger e secretário regional Valter Galina mandaram estourar foguetes. Estava sendo assinada a ordem de serviço para construção da Arena Multiuso de Florianópolis, no gigantesco espaço do Sapiens Park, em Canasvieiras, norte da Ilha de Santa Catarina. A Construtora Viseu, de Joinville, venceu a licitação. Tinha prazo de 540 dias para concluir a obra, que custaria 26,8 milhões de reais. A Caixa Econômica Federal, parceira do magno empreendimento, entraria com 7 milhões de reais. Passaram-se 13 dos 18 meses contratuais e o cenário é desolador. Lá estão os pré-moldados da Cassol já no segundo piso. Mas a área principal só tem fundações e ferros grossos de ponta para cima, já com a proteção de lona deteriorada pelo tempo. Placas gigantescas foram colocadas junto ao trevo de Canasvieiras, dando mais visibilidade à propaganda. Tinha objetivo eleitoral. Galina deixou a Secretaria para concorrer à Assembléia Legislativa. Luiz Henrique entregou o governo para concorrer ao Senado. E Dário Berger tem uma agenda sem espaços para anotar mais problemas. Com a chegada da temporada e o esqueleto desnudando a irresponsabilidade e a total falta de planejamento vieram os pertinentes questionamentos dos contribuintes. E, com eles, manifestações de perplexidade de quem entende de centros de convenções e de mobilidade urbana. Primeiro absurdo: a Arena está sendo construída ao lado da SC-401, sem distância e espaços para entrada de veículos. Não há indicações para o gigantesco estacionamento que seus eventos irão exigir. Segundo: será uma Arena para competições esportivas. Não para convenções, feiras, congressos e atividades afins para incrementar o turismo na Capital. Ainda bem que em São Bento do Sul onde a Promosul adormece por falta de eventos, não conseguiram realizar outro sonho faraônico de Luiz Henrique que era demolir o Bandeirantes a e ali construir outra arena multiuso. Enquanto isso nosso Hospital padece mais que os pacientes.

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