Se o dólar sobe e bolsa despenca

Interessante quando em uma economia, setores industriais e de prestação de serviços, aprendem e acostumam respirar dólar e espirar reais. Receber em dólares e pagar em reais.
Acumular e depositar em dólares e mesmo quando desvalorizado continuar com a confiança que vale mais que o nosso dinheiro. Quem tem não quer trocar, nem cambiar.Tudo evidentemente por que este ganho não foi de forma legal. No Congresso Nacional tramita projeto do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que prevê a internacionalização dos dólares de propriedade de brasileiros que estão depositados em paraísos fiscais. É uma grande benesse para os sonegadores que mediante uma irrisória taxa de tributação entre 5% e 10%, parcelados, poderão internar seus rico dinheirinho que dorme nos cofres dos bancos estrangeiros. Enquanto aqui o brasileiro bonzinho, aquele que realmente é honesto e paga imposto de renda na fonte sobre seu mísero salário é taxado em até 25%, quando não mais. Isto na pura acepção da palavra como não estão declarados se constitui em crime e daqueles que infringem várias leis. Evasão de divisas, sonegação, sub-faturamento, fraudes, tudo igualzinho aquilo que vemos muita gente de nariz erguido – que se chover, chove dentro- bater no peito e pregar que é honesto, honrado cumpridor de seus deveres, que paga seus impostos em dia. Quem não presta são os políticos. Interessante. Quantos políticos receberam destes defensores da honra e do moral, dólares por baixo do pano, caixa 2, para financiamento das campanhas. Interessante a idéia de nacionalizar este rico patrimônio que segundo estimativas chega a cifra de US$ 100 bilhões. Como diria o Zezinho, é dinheiro que nem ladrão acaba. Vamos até torcer para que o Congresso aprove este projeto, mas com todas as letras duvido que estes infratores e sonegadores queiram arcar com o pagamento de alguma taxa e ficarem na mira da fiscalização. De bobinhos não tem nada e quem faz 1, faz um cento. Como a prática é velha, isto é mais ou menos como usuário de drogas do qual nem os grupos que tratam viciados é capaz de recuperá-los. Também nenhum confessionário por mais franciscano que seja irá arrancar dos depositários os valores reais, digo, dólares. Seria uma maravilha se fosse verdade e possível. Já imaginaram mais US$ 100 bilhões para investimentos principalmente na área imobiliária do País. Quantos novos empregos. Quanto aumento de produção? Vale a pena sonhar e contar com o arrependimento de muitos vilões da economia paralela. Vale até o perdão, embora saibamos que o material nunca vai superar o espiritual e que de gente com boas intenções o inferno está cheio. Márcio Mendes escreveu: “Certa vez perguntaram a um homem sábio o que mais o assustava na humanidade. Ele respondeu que se admirava por ver que “as pessoas perdem a saúde para ganhar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido” Que suba o dólar e que a bolsa despenque, mas que não caia vazia.

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