Mau exemplo

Por mais que queiramos mudar as coisas, ter esperanças, pregar a renovação, apostar nos jovens, descartar as velhas raposas, às vezes ficamos sem argumentos. Já há os que dizem que preferem os velhos por já conhecerem suas manhas, seu modus operandi. E aí! Como ficam nossas esperanças? São Bento apostou e ofereceu todas as oportunidades para que um jovem promissor encarnasse a renovação, quebrasse paradigmas e até fosse anunciado como o novo “messias” na política. Até as velhas gerações de caciques políticos renderam-se às esperanças e passaram a acreditar que na política também era necessário mudar, apostar no novo, deixar para os mais jovens. Pobres são-bentenses. Que desilusão. Que triste. Lamentável. Sim! Escrevo também com uma ponta de decepção e frustração de saber que muitas vezes tenha escrito para quem não lê, falado para quem não ouve e mostrado para quem não enxerga. Refiro-me ao vice-prefeito Flávio Schuhmacher, que além de não saber se ainda o é, também está tão sem rumo que não sabe se fica no partido que o acolheu ou se migra para o novo, que ainda não nasceu e ninguém nem sabe como vai ficar. Pior! De esperança no novo, o novo passou a ser mau exemplo. Um espelho trincado. Como justificar para os jovens que queremos que sejam a esperança deste País, que o vice recebe sem trabalhar? Uma pessoa que na vida privada é privilegiado, bem sucedido, que nem sequer precisaria do salário de vice-prefeito, embora seja legal. Mas seria, como dizem os jovens, bem mais legal, ver a pessoa trabalhando, se dedicando, fazendo jus ao depósito em conta no final do mês. Quantos jovens que levantam de madrugada, amassam geada, enfrentam dificuldade de transporte, para no final do mês receberem minguado Salário Mínimo? “Se as palavras convencem, os exemplos arrastam”. Então como subir em um palanque durante uma campanha eleitoral e pregar moralidade púbica, defesa dos direitos da população, melhor qualidade de vida ara todos? As multidões têm uma só lei: o exemplo dos que governam.