O TRANSTORNO DE CONDUTA NO ESCOLAR: SUAS REPERCUSSÕES NA FAMÍLIA, NA ESCOLA E NA SOCIEDADE.



O transtorno de conduta afeta mais de 5% de crianças e adolescentes, trazendo prejuízos significativos para o portador deste transtorno, assim como, para sua família, também no convívio com seus pares, atrapalhando seu progresso escolar.

A criança e ou adolescente que apresenta este problema normalmente viola as regras sociais ou as leis e os direitos básicos das outras pessoas, de uma forma grave e persistente. Podem ser observados alguns comportamentos como agressão a pessoas ou animais, também condutas não agressivas que comportam destruição de propriedade, fraude ou roubo e violação grave das normas, levando a um desajuste social, acadêmico ou laboral.

Os fatores de risco para desenvolver o transtorno de conduta, são tanto os fatores neurobiológicos como os ambientais. Dentre os principais fatores ambientais encontra-se a baixa situação socioeconômica, um dos pais que apresentam um transtorno de personalidade anti-social e a deficiência nas relações com os pais. Os fatores neurobiológicos estão sendo estudados como causa dos transtornos.

Nos pré-escolares já podem ser observados alguns sinais de alerta como a agressão, acesso de raiva, desobediências excessivas e problemas significativos no cuidado diário.

A maior parte das crianças com transtorno de conduta são inflexíveis e explosivas e pode ser observada uma dificuldade para controlar as emoções, muito baixa tolerância à frustração, baixa capacidade de flexibilidade e adaptabilidade, tendência a pensar de forma radical, persistência a inflexibilidade e mal resposta a frustração apesar de um alto nível de motivação com episódios explosivos por motivos triviais e totalmente bloqueados quando com fome e cansados.

A importância de um aprimoramento do conhecimento sobre o transtorno de conduta na infância e na adolescência, é principalmente pelas conseqüências negativas que este transtorno pode ocasionar como: baixo desempenho escolar, baixa taxa de emprego, baixo nível socioeconômico, maiores taxas de acidentes automobilísticos, problemas familiares, comportamentos anti-sociais e problemas de humor na idade adulta.

O tratamento é muito importante e as intervenções precoces afetam o prognóstico. O tratamento multidisciplinar será o mais efetivo, abordando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Devem-se abarcar os contextos da própria criança, da família e da escola.



Prof. Dr. Gustavo Manoel Schier Dória

Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta da Infância e Adolescência

Mestre em Psiquiatria da Infância e Adolescência – USP

Doutor pelo Programa de Saúde da Infância e Adolescência – UFPR

Fará conferência em São Bento do Sul. Trazido pela Casa Vida pela segunda vez. Contato para inscrição: 3633-0187/9226-3137.

casavida.adm@gmail.com

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