Novidade ou renovação




Diz o ditado que toda vassoura nova varre bem. Mas não se pode esquecer que atrás da vassoura precisa ter alguém determinado a não varrer a sujeira para baixo do tapete. Não ser preguiçoso e também não levantar muita poeira. O novo deve vir sempre precedido de boa vontade, coragem, impetuosidade, tesão pelo querer fazer – e fazer bem. O eleitorado são-bentense tem dado mostras nas últimas eleições de que não opta apenas pelo novo, por ser zero quilômetro, mas pela renovação. A novidade pode ser caracterizada por vários conceitos, mas prefiro destacar dois. A cogniscitiva diz respeito ao conhecimento público da solução técnica. A genérica – genericamente, novidade pode ser qualquer coisa que não faça parte da rotina e do ambiente em que vivem os indivíduos. Já renovação significa substituir o velho pelo novo no sentido de reformar, mudar, melhorar, abrir caminhos, dar oportunidades, criar condições. Não se pode confundir apenas com troca, pois posso trocar meu carro novo por um mais velho e não estarei renovando nada. Já no campo das ideias, quantas mais, melhor. Não se pode mensurar nenhuma pela idade, mas sim pela viabilidade, pelo benefício que poderá proporcionar. Pode sair de uma cabeça careca. Cabelos brancos ou de um jovem com cabelos raspados, ou de outro com longa cabeleira. O que vale é o cérebro estar funcionando – e bem. Como o assunto é política, ficou bem caracterizado mais uma vez que o eleitor aposta na renovação e não quer mais a perpetuação, embora politicamente ainda estejamos presos a eleições e disputas polarizadas entre PP e PMDB. Vamos ficar apenas nestes dois contemporâneos para não voltar aos tempos de Arena e MDB, PSD e UDN. Algum mais atrevido até pode afirmar que só mudaram as moscas. O fato é que temos tido uma alternância no poder e que ainda não pode ser mensurada se é benéfica ou não, mas o que prevalece é a vontade do povo. Desta forma, a partir de janeiro teremos um novo prefeito, que literalmente representa a mudança pelo novo. Novo na política. Novo na idade. Novo nos conceitos e, parece, novo nas ideias. Novo no modo de fazer política. Já demonstrou isto no seu Plano de Governo, ao fazer referência à criação de um Conselho de Ex-Prefeitos. Se assim agir já começa bem e quebra paradigmas mostrando que aqueles que querem o bem de São Bento do Sul, independente de partido e disputa, estarão lado a lado. A ideia é simples. Utilizará da experiência dos que já passaram pelo Poder Público e com certeza será aconselhado a não cometer os mesmo erros ou omissões. Levará para seu lado opositores que serão chamados a dar sua contribuição. Os que se negarem não poderão criticá-lo, pois têm a oportunidade de colaborar e, se não o fizerem, será apenas por picuinhas políticas. Estarão ficando com as vísceras expostas para avaliação dos eleitores. A Câmara de Vereadores, por sua vez, embora com 70% da sua composição de oposição, não poderá fazer oposição burra, apenas para se posicionar como contrária. Também, dos seus dez integrantes, apenas um foi reeleito e não se pode justificar pela sua atuação como vereador. Foi mais secretário de Obras do que vereador. Portanto, barbas de molho. Arregacem as mangas e vamos trabalhar juntos pelo progresso, pelas mudanças, pela renovação que o eleitor pediu e saberá cobrar. Se vocês serão a novidade, daqui a quatro anos saberemos, pois a renovação pode se dar novamente. Não esqueçam na política como no fogão de lenha: “Panela velha também faz comida boa”. “Triste não é mudar de ideia. Triste é não ter ideia para mudar” (Francis Bacon).

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