Pedradas do PedroKA

País justiceiro
Mulher que roubou ovos de páscoa e frango em supermercado tem pena maior que os condenados na Lava Jato

 
Redes de supermercado expõem ovos de Páscoa Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo A Defensoria Pública de São Paulo acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para pedir a liberdade de uma mãe condenada por roubar ovos de Páscoa e um quilo de peito de frango, em 2015. Responsável por três crianças menores de 12 anos, ela vive com o filho mais novo, de 20 dias, em uma cela superlotada da ala materna da Penitenciária Feminina de Pirajuí.

A pena determinada, de três anos, dois meses e três dias de regime fechado, supera as sentenças impostas a pelo menos sete condenados na Operação Lava-Jato.

Ouvi e dou de graça

De um gaúcho daqueles bem humorados: Aqui em Gramado é preferível você ter um amigo que tenha um pé de mimosa (tangerina) em casa do que uma piscina. Em São Bento não é diferente.

Então agora é projeto

Interessante a iniciativa do SEBRAE em conjunto com as prefeituras de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Corupá. Agora deixou de ser apenas uma ideia para se tornar um projeto com visão de longo prazo. Trabalhar pelo desenvolvimento de um polo turístico regional. Ontem foi dado o primeiro passo oficialmente e espera-se que os interessados e envolvidos levem o projeto avante, não desistam, e as demais administrações municipais também deem continuidade na parte que lhes  cabe. Acho a tarefa muito difícil pois convencer os atuais atores e interessados do setor a se mobilizarem é uma coisa que tenho dúvidas. A região pode ter belezas naturais, mas não tem vocação alguma. Basta ver os últimos relatos que fiz sobre o assunto ainda no mês de abril quando tive várias decepções em apenas uma semana.

Não entendi

E por isso fui procurar explicações. Ontem na reunião conjunta para lançamento do Projeto do Turismo a palavra mais usada foi integração. A menos citada, só por algum escorregão foi Campo Alegre - O Paraíso da Serra. Como explicar que o município com tantos encantos e belezas naturais, a porta  principal de entrada da região, a subida da histórica Serra Dona Francisca esteja fora do roteiro? Não podemos esquecer que aqui já tivemos, não sei se ainda existe a ARTUSI - nome que sinceramente sempre achei pomposo - Associação Rural de Turismo da Serra Imperial, lindo não é, mas que ainda não brotou ou acabou murchando. 

Explicações

Por telefone conversei com a secretária de Turismo de Campo Alegre Marília Scheffer que prontamente me atendeu e passou as informações.

- O município de Campo Alegre sempre e continua com as ações que estão sendo feitas através do Consórcio Quiriri, envolvendo os quatro municípios da região.

- Campo Alegre, juntamente com SBS, Rio Negrinho e Corupá, recebeu três propostas para estudos e elaboração de projetos com relação ao desenvolvimento do turismo, sendo o do Sebrae, no valor aproximado de R$23 mil, do SENAC por R$ 60 mil e o mais atraente da empresa privada de Joinville Le Padron que abrange três etapas - elaboração do Plano Municipal de Turismo, Criação da Marca (Place Branding) e Execução do Plano de Marketing, com foco no turismo sustentável (sendo que o Plano de Marketing poderia ser executado para os quatro municípios de Campo Alegre, SBS, Rio Negrinho e Corupá, ou individual para cada cidade).  Campo Alegre acredita que a melhor opção para o desenvolvimento do Plano Municipal de Turismo é através do SENAC ou da LE PADRON. Tanto acreditamos e estamos unindo esforços para a regionalização do turismo, que temos audiência marcada para o próximo dia 30, junto ao Secretário Estadual Leonel Pavan, onde também serão convidados representantes dos municípios de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Corupá para obtermos apoio e recursos para desenvolvimento do Place Branding Regional. O fato de não estarmos ligados ao PDITS/Sebrae não anula as ações conjuntas intermunicipais, pois ainda na segunda-feira última, os quatro municípios por intermédio do Consórcio Quiriri aprovaram o Plano da "Acolhida na Colônia". O Consórcio tem sido fundamental para a regionalização do turismo. Através dele, os municípios têm se organizado para se fazer presente em feiras regionais ligadas ao turismo, realização de Fórum de Turismo Intermunicipal, apoio fundamental para o Circuito das Araucárias, entre outras ações. O PDITS/SEBRAE é uma excelente ferramenta para ajudar o desenvolver o Plano Municipal de Turismo, no entanto não é o Plano propriamente dito. Não tenho dúvidas de que os municípios de SBS, Rio Negrinho e Corupá colherão frutos. Todavia, Campo Alegre realizará sim o Plano Municipal de Turismo, com outra empresa, e trabalharemos sempre para garantir que a atividade turística seja sustentável, unindo forças de toda nossa região, afirmou Marília.

Cético
Confesso que sou cético quanto ao projeto do Desenvolvimento Regional para o Turismo, embora torça por ele  aconteça e avance. Vejo muitos nós para serem desmanchados principalmente no tocante a conscientização das empresas, atores e população em geral. Não temos esta cultura nem vocação. Não adianta procurar comparações com regiões, é preciso envolvimento, participação, vontade e atitude. Não temos o hábito do turismo receptivo até porque nossas agências de viagens não foram criadas com este objetivo e nem se esforçam para o fazer. Sempre fomos exportadores de turistas. Não temos roteiros próprios, estrutura, viabilidade, acessibilidade e atrações que segurem o turista por mais de um dia na cidade. Temos hotéis que entram em férias, restaurantes que não abrem a noite durante a semana e outros que fecham no domingo. O turismo industrial,  visita a empresas foi um outro ensaio e que não vingou, assim como já escrevi da Artusi. Continuo insistindo que antes de qualquer iniciativa é preciso definir o que queremos e se é que queremos. Toda longa caminhada é preciso que se dê o primeiro passo, mas a jornada é longa. Também já escrevi que não basta a mulher ser bonita, nem a natureza ser pródiga. A mulher precisa ser bem tratada, cabelos cuidados, maquiagem, bom perfume, elegância e educação. Não temos equipamentos interiorizados. Também não adianta fazer um hotel no meio do mato e os hóspedes terem que se deslocar por estrada de terra para procurar local para refeições, enfrentar estradas e ter que se privar de alguns prazeres por conta dos riscos no retorno. Igualmente já escrevi que não se pode confundir galinha cagando no quintal com turismo rural. Atualmente no Brasil quem viaja e faz turismo de resultado são pessoas na maioria da terceira idade e estes não querem aventura. Querem segurança, sossego, o que ver, comer e o que levar de lembrança. Primeiramente precisamos fazer com que os moradores conheçam os potenciais e gostem do que estão vendo. O agente do Sebrae lembrou ontem sobre a responsabilidade do Poder Público na área da saúde, infraestrutura, serviços.  Não basta vir, é preciso voltar e para tanto é necessário ter o que oferecer. Desculpem minha sinceridade mas estamos anos luz atrasados.

Estranho
Como estamos no assunto e devido a sua importância acho que as autoridades maiores não deram o devido aval. Na reunião de ontem a noite na Acisbs, apenas o prefeito de Corupá se fez presente. Os demais foram representados.

Pergunta???
- Para que serve o casa Eichendorf restaurada no Mato Preto com recursos federais??? Quem se arrisca a dar uma explicação???