Pedradas do PedroKA

                       G R A V Í S S I M O 
NEGLIGENTE- OMISSO -IRRESPONSÁVEL

São Bento do Sul - Confesso que estar escrevendo esta denúncia não é nada agradável. Era bem melhor estar elogiando um profissional, como já fiz e faço, do que denunciar um pretenso médico que  - muitos irão defender - em uma hora de tanto medo, espanto, mesmo pânico com a praga do covid19. Tantos profissionais em risco dando demonstrações de amor a vida e às pessoas, enquanto outros ocupando cargos motivados apenas pelo apetite financeiro. Mas vamos ao caso:

- Ontem por volta de 13:30, paciente da área de saúde (odontóloga), não se sentindo confortável, com dor de cabeça, dor no corpo, indisposição generalizada e tosse procurou o Centro de Epidemiologia junto a Vigilância Sanitária em São Bento do Sul. Foi atendida pelo médico Dr. Ricardo que ouviu sua narrativa, fez alguns exames clínicos, mas que afirmou não poder recomendar teste, porque NÃO POSSUÍA TERMÔMETRO em seu consultório. Não se dignou a abrir a porta e solicitar o instrumento para algum funcionário. Liberou a paciente que foi para casa sem medir a febre e consequente sem nenhum diagnóstico. Apavorada a paciente me relatou o corrido por telefone, já às 14:00. 

Tentei contato com o secretário da Saúde Manoel del Olmo sendo informado que o mesmo estava viajando. Falei então com a diretora da Saúde, Leslie, que prontamente me atendeu, ouviu minha narrativa sobre o caso e disse que iria comunicar-se imediatamente com a Direção da Vigilância Sanitária, informar-se do ocorrido e me retornaria, o que infelizmente não aconteceu.

Nesse ínterim, após 5 tentativas, 14:23, consegui contato com o secretário Manoel del Olmo que estava na estrada voltando de Florianópolis. Coloquei-o ao par do ocorrido, e ouvi dele perplexo, sua primeira reação "estão querendo me derrubar". "Inadmissível, eu mesmo além de todas as compras que fizemos ganhei uma caixa com termômetros e entreguei alguns para a Vigilância. Vou chegar aí me inteirar e te retorno", finalizou.

Já, às 15:53 me telefonou a diretora da Vigilância Sanitária Marilene Strapassoni que havia sido informada do ocorrido e tentava minimizar os fatos. "Que realmente o dr. Ricardo atendeu a paciente.  Que fez exames genéricos. Que não mediu a febre por falta de termômetro. Que tal instrumento existe no local, apenas não estava disponível na sala do médico". Prosseguimos na conversa e talvez eu tenha até sido rude em não aceitar as justificativas e prometido levar a denúncia à publico e as autoridades competentes por achar a atitude de um profissional do setor de epidemiologia, e do comportamento de maneira negligente, irresponsável e omissa Tudo isso dentro de um próprio da Secretaria de Saúde. Ainda salientei que ele tratou com uma dentista, profissional da saúde como ele. Imaginem o tipo de atendimento a um paciente menos esclarecido. Emitiu um atestado por três dias e pediu que a paciente se auto monitore e que se tiver febre retorne. As 17:50 conversei por telefone com a paciente que devido a tosse falava com muita dificuldade e ainda estava procurando por atendimento. Pedi a ela que fizesse contato com o número 9 9183-1748 Sobreaviso EPI que me foi passado pela diretora da Vigilância.  Agora são 18:51 e continuo com a matéria aberta, pois recebi novo telefonema da paciente que contato que fez com o referido número foi atendida por Jana que é a secretária do médico que marca consulta. Ficou à disposição para marcar uma nova consulta caso a paciente apresentasse quadro de febre. Liguei novamente para a diretora da Vigilância relatando o acima. Marilene me pediu que aguardasse que alguém iria me ligar. 
19:19 recebi ligação de Christiane da EPI querendo se inteirar dos fatos, a qual relatei.
Ela ponderou e  se colocou  à disposição para amanhã receber a paciente para nova consulta. Também que se a paciente não se sentisse bem e julgasse que precisa de atendimento deveria procurar o Hospital que o mesmo faria o contato com a EPI Sobreaviso. 
Agradeci e questionei se amanhã em nova consulta a paciente deveria levar um termômetro. Triste e lamentável relato. Um "profissional" manchando uma gestão da saúde.